As companhias aéreas Latam e Voepass precisam explicar a relação comercial que existe entre elas. A solicitação é da Senacon, Secretaria Nacional do Consumidor. O órgão, que é ligado ao Ministério da Justiça, notificou as empresas esta semana.
Familiares das 62 vítimas fatais do voo 2283, do acidente de 9 de agosto, em Vinhedo, no interior paulista, questionam a falta de clareza na comunicação sobre qual companhia seria responsável pelo serviço. Segundo relatos de familiares, parte dos passageiros do voo adquiriu a passagem diretamente no site da Latam, e não teria sido informada de que o voo que partiu de Cascavel, no Paraná, com destino a Guarulhos, na Grande São Paulo, seria operado pela Voepass.
A Latam e a Voepass terão que informar até esta sexta-feira (20) quantos passageiros do voo 2283 adquiriram as passagens aéreas diretamente pelo site da Latam; qual o tipo de relação comercial e/ou contrato existente entre a Latam e a Voepass; e como é dividida a responsabilidade entre as duas empresas nesse tipo de relação comercial.
Em nota, a Latam informou que vai prestar os devidos esclarecimentos à Senacon sobre a total transparência de seus canais de venda a respeito do operador aéreo responsável por cada voo, e confirma que mantém acordos de codeshare ou compartilhamento de voos com empresas aéreas de todo o mundo, inclusive com a Voepass. A empresa acrescenta que antes de selecionar no site e comprar a passagem, o cliente é sempre informado sobre qual é a companhia responsável por aquele voo e o modelo de aeronave.
Até o fechamento desta reportagem, a Vooepass não retornou o pedido de confirmação sobre a notificação da Senacon. Mas no site da empresas existe um link sobre a parceria com a Latam.