Na manhã desta quinta-feira (10), cerca de 15 entidades estiveram reunidas na sede da Casa da Indústria (Fiep de Guarapuava) para discutir ações e os próximos passos sobre o aeroporto de Guarapuava, após a decisão da companhia Azul Linhas Aéreas de suspender os voos no Aeroporto Tancredo Thomas de Faria, anunciada no dia 2 de julho.
Durante o encontro, o Secretário de Desenvolvimento Econômico do Município, Júlio Agner, falou sobre a primeira reunião com a Azul, realizada em janeiro deste ano, quando a companhia aérea havia suspendido os voos de conexão Guarapuava x Campinas e mantido, até então, os voos entre Guarapuava x Curitiba. Na época, a Azul alegou problemas financeiros e de manutenção de aeronaves para justificar a decisão. Na ocasião, outro ponto levantado foi a necessidade de melhorias na infraestrutura do aeroporto para atender às exigências da Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC). Fernando Mattia, representante da Azul, explicou que a continuidade de determinadas operações dependia da adequação da pista de escape, da sinalização e da qualidade da capa asfáltica.
Após tantas discussões, hoje novamente as entidades se reuniram para, agora, definir a criação de um projeto para a ampliação do aeroporto de Guarapuava. Uma comissão organizadora foi formada com ACIG, CDL, Fiep, Sindusmadeira, Sindirepa e Sindicato Rural à frente do movimento, para buscar empresas especializadas que possam fornecer esse projeto com qualidade. Durante o encontro, também foi avaliada a possibilidade de empresas privadas arcarem com os custos deste projeto e atuarem diretamente como parceiras.
A Coordenadora de Serviços Corporativos na Cooperativa Agrária Agroindustrial, Marina Stoetzer Echeverria, falou que a cooperativa está disposta a contribuir financeiramente com o projeto, e que, assim como as demais entidades, tem interesse na ampliação do aeroporto para voos comerciais em Guarapuava.
Nós usamos os voos Guarapuava x Campinas e Guarapuava x Curitiba com frequência entre nossos colaboradores. Eventos como o Winter Show movimentam ainda mais essa logística aérea. Nós não temos capacidade técnica para desenvolver um projeto, mas se vocês nos procurarem e encontrarem a empresa para a criação do projeto, estamos dispostos a apoiar para ver o projeto sendo executado e alavancado o aeroporto de Guarapuava, disse Marina.
A presidente da ACIG, Maria Inês Guiné, também reforçou a importância das entidades se unirem para buscar esforços que realmente surtam efeitos.
Várias reuniões já ocorreram desde o início do ano e agora é hora de avançarmos. A criação do projeto até a segunda quinzena de agosto é mais do que urgente. Não podemos depender de uma única companhia aérea, mas sim resolver a questão da estrutura do nosso aeroporto para que se torne viável a curto, médio e longo prazo, destacou Maria Inês.
Agora, o próximo passo é fazer o levantamento das empresas que possam criar um projeto viável para a ampliação do aeroporto e enviá-lo ao Governo do Estado, com apoio de parlamentares que defendem a região.
Lembrando que, no dia 2 de julho, a ACIG, em conjunto com as entidades, lançou um manifesto no qual exigem diálogo imediato com a companhia aérea, ANAC, Governo do Estado e Governo Federal, além de ações estruturantes para garantir a continuidade da conectividade aérea.
Confira as entidades que participaram da reunião:
ACIG
Agrária/Ireks
ALEP
CACICOPAR
CDL
COAMIG
Direção do Aeroporto Tancredo Neves de Faria
Festa do Soquete
Fiep
Prefeitura Municipal
Secretaria de Desenvolvimento Econômico
Secretaria de Planejamento e Urbanismo
Sesi
Sindicato Rural
Sindirepa
Sindusmadeira