Uma investigação na tríplice fronteira revelou a venda escancarada de azeites proibidos e falsificados, considerados impróprios para consumo humano. O produto, que aparenta ser de boa qualidade e com preço atrativo, representa um sério risco à saúde.
Os falsificadores utilizam a embalagem da marca Valle Viejo, cuja comercialização foi suspensa em 2021 pelo Ministério da Agricultura e Pecuária e pela Anvisa, por apresentar acidez acima do permitido e ser considerada imprópria para consumo. Apesar disso, galões continuam sendo oferecidos em e-commerces brasileiros, com preços que variam de R$ 189 a R$ 232 por cinco litros, alguns até com frete grátis para compras em maior quantidade.
A venda também ocorre de forma aberta na fronteira com a Argentina, em Puerto Iguaçu, e em cidades do Paraguai e do Brasil, como na Vila Portes, próximo à Ponte Internacional da Amizade. Nas feirinhas e barracas, os produtos estão expostos junto a outros alimentos, sem preocupação aparente com fiscalização ou riscos à saúde.
A prática configura crime de contrabando quando os produtos são trazidos para o Brasil. Operações da Polícia Federal e da Receita Federal têm ocorrido ao longo dos anos, com apreensões de caminhões e embalagens avulsas que indicam possibilidade de fraude no conteúdo dos galões.
Especialistas alertam para a importância de verificar se o azeite é de marca confiável e permitida antes da compra, evitando riscos à saúde e problemas legais.