A Polícia Civil divulgou nesta quinta-feira (9) imagens das
últimas movimentações da jovem encontrada morta no dia 30 de dezembro, na Vila
Brasil, em Londrina. O namorado de Raphaelle Proferis, Guilherme Sella e o principal suspeito do crime.
Em um vídeo do dia 26 de dezembro, por volta das 13h20 Guilherme
chega de moto até a kitnet onde morava com a namorada Raphaelle. Meia hora
depois, vítima e suspeito saem juntos e retornam às 14h11, com sacolas nas mãos.
A moça, de 25 anos, não seria mais vista depois disso.
Ainda no dia 26, às 14h42, Guilherme Sella pega a moto e
sai mais uma vez. A mesma câmera flagra o rapaz passando pelo local três horas
depois da última saída. O retorno para casa só se deu perto das 21h. Neste
horário, testemunhas indicaram à polícia que ouviram gritos do casal, inclusive
com Guilherme mandando Raphaelle calar a boca.
Na manhã do dia 30 de dezembro, Raphaelle foi encontrada
sem vida dentro do imóvel. As roupas da jovem estavam rasgadas, e aparentavam eram
as mesmas usadas no dia 26.
Segundo o laudo da Polícia Científica, Raphaelle tinha
diversos ferimentos na cabeça, causados por um objeto pérfuro-contundente. O
corpo dela estava atrás da cama, coberto por lençóis e cobertores.
Em diligências, a Polícia Militar recebeu informações de
que Guilherme Sella estava internado no Hospital Evangélico, onde deu entrada
na manhã do dia 29, com ferimentos nos pulsos e no pescoço, numa suporta tentativa
de atentado contra a própria vida.
Antes de ir para o hospital, o suspeito havia ido para um
motel, localizado na marginal da PR-445, na zona sul de Londrina. De acordo com
as investigações, ele foi para o local na tarde de sábado, dia 28 de dezembro.
Um dia depois, a câmara fez o último registro de saída do rapaz, do apartamento
onde morava com a namorada.
Para a Polícia Militar, Guilherme afirmou que teria
discutido com a namorada, na sequência foi até uma biqueira e comprou R$ 300,00
em cocaína, e que a ida ao motel foi para usar drogas e consumir bebida
alcoólica.
Depois de receber alta médica, ele foi levado à Central de Flagrantes
da Polícia Civil, onde ficou em silêncio diante do delegado de plantão.
Na tarde do dia 29 de dezembro, um veículo Fiat Toro prata
foi visto passando em baixa velocidade em frente à quitinete do casal. O carro
seria da família de Guilherme. Esse fato chamou a atenção do advogado da
família de Raphaelle, que acredita que alguém soube da morte da jovem antes do
corpo ser encontrado.
Guilherme está preso desde o dia 30 de dezembro. De acordo
com a Polícia Civil, o caso segue sob investigação da Delegacia da Mulher. Ele
deve responder pelos crimes de feminicídio e ocultação de cadáver.