A convocação foi emergencial. A prefeitura vai remanejar guardas patrimoniais que cuidam de espaços públicos para ficarem em escolas e CMEIs.
Os profissionais farão o monitoramento das unidades durante o horário das aulas. Em Cascavel são 55 escolas e 65 CMEIs, além da clinica escola do CETEA.
A mudança chega uma semana depois do ataque a um CMEI de Blumenau, em Santa Catarina, onde quatro crianças foram mortas. Segundo o prefeito Leonaldo Paranhos, o remanejamento dos guardas é por tempo indeterminado.
O anúncio para trazer tranquilidade a pais, professores e toda a comunidade escolar, pela presença dos guardas patrimoniais nas escolas, também gerou insatisfação dos proprios guardas. Durante a reunião de orientação, vários questionamentos foram levantados, principalmente da falta de aparelhamento para cumprir a função.
O clima esquentou no auditório da prefeitura. Os secretários tentaram acalmar os ânimos dos guardas.
Em entrevista, o secretario de segurança pública disse que a medida é temporária e que a orientação é para que os guardas não enfrentem os suspeitos.
outro pedido dos guardas é para o uso de armas e coletes a prova de balas. Guardas patrimoniais que trabalham no período noturni também questionaram possíveis cortes nos salários. Segundo o secretário, ninguém deve ter prejuízo nos pagamentos.
A intenção da prefeitura é de que o remanejamento comece imediatamente. A principal função dos guardas será evitar a entrada de pessoas que não fazem parte do ambiente escolar.
Nos próximos dias a prefeitura deve enviar à Câmara de Vereadores um projeto de lei solicitando a contratação de policiais civis e militares durante o periodo de férias e folgas para reforçar o esquema de segurança. Também foi anunciada a compra, em breve, de botões do pânico que serão instalados em escolas e CMEIs.
Longe da confusão que acontecem no auditório da prefeitura, estão os pais que hoje de manha levavam os filhos pra mais um dia de aula. O sentimento ainda é um gostinho amargo de insegurança de deixa-los ali.