Com mais de 600 casos de chikungunya registrados, a Prefeitura de Cascavel deu início nesta semana ao 2º Levantamento de Índice Rápido de Infestação do Aedes Aegypti (LIRAA) de 2025. O objetivo da ação é identificar e controlar os focos do mosquito transmissor de doenças como dengue, zika e chikungunya. Durante o levantamento, cerca de 5 mil imóveis serão vistoriados por agentes de endemias, que vão percorrer bairros da cidade em busca de focos de proliferação do mosquito.
O LIRAA é um indicador importante para o planejamento das ações de combate à proliferação do Aedes aegypti. Este é o segundo levantamento realizado em 2025, e no primeiro, os resultados mostraram um risco elevado de epidemia, com um índice de infestação de 4,8% — bem acima do recomendado, que é 1%. Algumas regiões chegaram a registrar picos de infestação superiores a 8%, o que gerou grande preocupação.
Além da dengue, que já registrou 35 casos este ano, a maior preocupação da Secretaria Municipal de Saúde é a febre chikungunya. Já são 633 casos registrados na cidade, com um surto concentrado na região Norte de Cascavel. O elevado número de casos reforça a necessidade de ações preventivas e intensificação do combate ao mosquito.
Durante a vistoria, os agentes de endemias visitam imóveis, verificando possíveis focos de reprodução do mosquito, como recipientes com água parada. Dona Dulce, moradora de Cascavel, é um exemplo de cidadã consciente, sempre abrindo as portas para os agentes e colaborando para eliminar qualquer possível foco de proliferação. Já Dona Madalena, apesar de seu quintal repleto de vasos e plantas, recebeu elogios pela impecável organização, garantindo que não havia locais para o mosquito se proliferar.
O levantamento vai até quarta-feira (26) e deve abranger mais de 4.700 imóveis. Os resultados do LIRAA devem ser divulgados até o fim da semana, e com base nesses dados, a prefeitura vai direcionar as ações para as áreas com maior risco. A população continua sendo chamada a colaborar, eliminando focos de água parada e permitindo a vistoria dos agentes, para que o mosquito não continue a se espalhar.