Cidade

Caso Eduarda Shigematsu: laudo confirma que menina de 11 anos morreu por esganadura

15 set 2025 às 19:28

Um novo documento enviado pelo Instituto de Criminalística à Justiça reforça a tese de homicídio no caso da morte de Eduarda Shigematsu, de 11 anos, ocorrida em abril de 2019. A análise foi realizada a pedido da juíza de Direito Sâmya Terruel Zarpellon, e conclui que a menina não se enforcou, como chegou a ser cogitado na defesa do pai, Ricardo Seidi, mas sim foi vítima de esganadura.


O laudo destaca a presença de digitais e marcas de unha no pescoço da vítima, além de uma lesão na coluna cervical, indicando que Eduarda tentou se livrar das agressões. Esta não é a primeira vez que a tese de suicídio é refutada pelos peritos.

Julgamento marcado após cinco adiamentos

Desde o crime, o julgamento já foi adiado cinco vezes. Agora, os réus Ricardo Seidi (pai da menina) e Terezinha de Jesus Guinaia serão julgados no próximo 6 de outubro, no Fórum Estadual de Maringá. A cidade foi escolhida pelo Tribunal de Justiça do Paraná a pedido da defesa, que alegou a necessidade de imparcialidade dos jurados, já que o caso teve grande repercussão no município onde ocorreu o crime.


Terezinha, avó paterna da vítima, responde ao processo em liberdade e é acusada em outro inquérito, separado da morte da neta. Segundo nota enviada pela sua defesa, o novo laudo não menciona o envolvimento dela diretamente.


O advogado de defesa de Ricardo Seidi, Lucas Rocha, afirmou que o documento divulgado não se trata de um novo laudo pericial, mas sim de uma resposta do Instituto de Criminalística aos questionamentos apresentados pelas partes envolvidas no processo.


Segundo Lucas Rocha, a preparação para o julgamento no plenário continua normalmente, e o documento em questão não faz referência à Terezinha Guinaia, pois ela não é acusada pela morte de Eduarda Shigematsu.


Ricardo Seidi, por outro lado, permanece preso e é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica. Em depoimento à Justiça, ele confessou que escondeu o corpo da filha, mas negou o assassinato. Disse que a encontrou morta em um quarto da casa e, em "ato de desespero", teria enterrado o corpo.


Nossa equipe entrou em contato com o advogado da mãe de Eduarda Shigematsu, mas não obteve resposta até o fechamento desta reportagem.