A temporada do pinhão, semente da araucária típica da região Sul do Brasil, já começou e segue até julho. Neste período, é permitida a colheita, o transporte e a comercialização do produto, desde que os pinhões estejam maduros. A legislação visa proteger a araucária, árvore ameaçada de extinção, e garantir sua reprodução natural. Quem desrespeitar as regras pode ser multado e responder por crime ambiental.
Flávio Pereira, vendedor de pinhões, afirma que a procura neste ano está alta. Ele recomenda o preparo na panela de pressão como o jeito mais prático e saboroso de consumir o alimento.
Tradicionalmente consumido cozido ou assado, o pinhão também vem ganhando espaço em receitas mais elaboradas, como massas, farofas e até sobremesas. O alimento é fonte de fibras, minerais e possui baixo índice glicêmico, o que o torna uma opção saudável, segundo especialistas.
A nutricionista Allana Ferreira destaca que o pinhão é benéfico para a saúde cardiovascular, por conter potássio — mineral que ajuda a regular a pressão arterial. Além disso, é fonte de carboidratos, fornece energia e possui gorduras consideradas boas. A presença de vitamina B também contribui para a memória e o bom funcionamento do sistema nervoso.
Apesar do entusiasmo dos consumidores, a safra deste ano deve ser menor. A estimativa é de uma queda de até 30% na produção, o que pode impactar no preço final ao consumidor. Ainda assim, vendedores seguem apostando na demanda pelo produto, que é uma iguaria valorizada no inverno do Sul do país.
A recomendação é aproveitar o período para consumir o pinhão de forma criativa e consciente, valorizando a cultura regional e respeitando a sustentabilidade da espécie.