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Equipe da TV Tarobá entra na carceragem feminina de Corbélia

16 jan 2024 às 13:11
Por: Portal Tarobá

“Eu era casada, cinco anos, e ele realmente mexeu com coisas erradas. E eu sabia, na verdade, então querendo ou não, tinha um risco de vir parar no lugar desse, né?"


Esse é um retrato dos presídios femininos. Estamos na cadeia pública de Corbélia, a 30km de Cascavel. Desde 2021, a unidade é exclusiva para mulheres. Com espaço para 23 presas, a cadeia abriga hoje cerca de 50.


De cada 10 mulheres que vêm parar aqui, seis foram presas por tráfico de drogas. O perfil geralmente é o mesmo: não caíram na criminalidade sozinhas, estavam com o companheiro.


“Eu sou ousado em dizer que quase que em sua totalidade elas são induzidas por alguém, seja o companheiro, alguém em quem elas confiam demais, que acabam fazendo com que elas cometam esse crime. E na grande maioria é o tráfico de drogas”, afirma o Coordenador Regional do Deppen Paraná, Thiago Correia


O último dado divulgado pelo Departamento Penitenciário Nacional aponta 27 mil e trezentas mulheres presas no país. Elas representam pouco mais de 4% dos detentos em regime fechado.

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Presos em regime fechado no Brasil:


Total: 644.305

Homens: 616.930 (95,75%)

Mulheres: 27.375 (4,25%)


Em prisão domiciliar o percentual aumenta. São 18.300 mulheres, quase 10% do total.


Prisão domiciliar no Brasil:


Total: 190.080

Homens: 171.712 (90,34%)

Mulheres: 18.368 (9,66%)



Conforme o advogado criminalista, Luciano Katarinhuk, a justiça é mais branda com mães. E o crime organizado tira proveito.


“Existe uma brecha na lei que permite as mulheres que têm filhos menores de 12 anos responder em prisão domiciliar para cuidar dos filhos. E muitas vezes esse benefício que a lei concede para casos específicos está sendo usado como estratégia para envolver ainda mais mulheres no mundo da criminalidade, principalmente no tráfico de drogas”, explica o advogado, que complementa:


“Às vezes, ela não é pelo tráfico, mas ela acaba sendo envolvida pela associação pelo tráfico. E muitas vezes as mulheres são utilizadas por companheiros e até mesmo por um grupo criminoso para lavar o dinheiro do crime, que é um outro crime”.


“Por exemplo, há um trabalho que está sendo executado, porém dentro desse trabalho existe droga. Leve isso pra mim lá na casa de fulano de tal, beltrano e tal, e essa pessoa é abordada na rua, é encontrada ilícito com ela, e ela acaba sendo presa”, explica o Coordenador Regional do Deppen Paraná.


No Paraná, o Deppen faz um trabalho para redimir as mulheres do mundo do crime. Desde 2021, elas foram separadas em unidades exclusivas, como a de Corbélia.


“A principal mudança que teve aqui é a tranquilidade de trabalhar com mulheres, porque elas são mais tranquilas, em termos de lidar. Porque os masculinos são mais agressivos e a feminina é mais tranquila, é mais fácil de trabalhar [...] antes já tinha tentativa de fuga, teve até algumas fugas aqui, mas depois que virou só feminina nunca mais tivemos nenhuma fuga. Não teve mais entrada de droga, celular, essas coisas. Faz três anos que a gente não pega mais nada aqui dentro”, explica Dairto Lubenow, gestor da cadeia pública de Corbélia.


“São pessoas que não vão, não tem porquê, não faz sentido a pessoa fazer um buraco na unidade prisional para sair porque ela não sofre como sofria antigamente. O sofrimento que se tem é por conta da pena, do cumprimento da pena, que por si só causa um sofrimento mental e físico nessa pessoa", frisou Thiago Correia.


Arrependimento. Saudades. Combustíveis para pensar num futuro diferente. Dentro da prisão, elas são incentivadas a se capacitarem. A pena pode ser reduzida por meio do trabalho e da leitura.


“É uma oportunidade que elas estão tendo de uma remissão, né? Cada três dias trabalhado elas têm um remido da pena e aquelas que trabalham externo, como a cozinha e a faxina externa, elas têm um salário mínimo. As da faxina elas têm um peculio que é pago pelo estado", explicou o gestor da cadeia. 


"Nós temos feito um trabalho de conscientização dentro da unidade prisional, para que essas mulheres não voltem a reincidir, não voltem a acreditar nessa pessoa, nesse mentiroso, que diz a ela, pega isso daqui e leva pra mim, isso é fruto do meu trabalho. e, de fato, não é", frisa Thiago Correia.


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