A direção do Espaço Escuta - entidade que atende crianças com problemas no desenvolvimento, não deve encerrar as atividades, embora o convênio com a prefeitura seja encerrado.
“A instituição não vai fechar. Vamos continuar. Somos um centro de formação e estamos estudando com a iniciativa privada, alguma verba para atender alguns pacientes, mas não o que estão aqui”, afirma a diretora administrativa, Maria Ignez.
Desde que pais receberam comunicado de encerramento de atividades, essa foi a primeira vez que houve manifestação da entidade. O valor que o Espaço Escuta recebe pelo convênio é de R$ 55.654; R$ 28 mil são do SUS e o restante por parte do município.
A instituição deve manter somente atendimentos particulares e filantrópicos, mas para isso precisará do apoio da iniciativa privada.
A preocupação da equipe é com 87 crianças que atualmente recebem atendimento, já que a entidade também presta suporte às famílias.
“Temos um reconhecimento nacional e a gente recebe profissionais de todo o Brasil que veem fazer estágio aqui, para conhecer o trabalho e implantá-lo em outros lugares, assim como secretários de saúde, porque a gente trabalha com a família. Se a gente só trabalha com a crianças, as vezes avançamos e o que não é continuado em casa, se perde”, ressalta a diretora Maribel Sales.
O município ainda não iniciou a transferência de crianças a outras entidades. "É uma decisão do Espaço Escuta e não uma vontade da prefeitura o encerramento desse contrato. Solicitamos para que isso se concretizasse que nos encaminhassem relatórios nominais dos pacientes, das terapias que realizam na instituição para que a gente dentro da nossa rede de atenção, que conta com mais oito instituições, possa fazer o remanejamento de modo que nenhum paciente fique sem o atendimento", afirma o secretário de saúde, Felippe Machado.