Em busca de tratamento para o filho, uma família saiu de Arapiraca,
em Alagoas, com destino a Londrina, no norte do Paraná. O bebê, de 5 meses, tem
hidrocefalia, uma doença que causa o acúmulo de líquidos no cérebro.
Luiz Augusto é filho de Flaviana dos Santos e Janielson Oliveira.
Os pais contam que a gravidez foi de risco e que o bebê nasceu de apenas 27
semanas. Ele precisou ser internado na UTI e foi diagnosticado com hidrocefalia.
Com o passar dos meses, o casal percebia que a cabeça de
Luiz Augusto crescia além do comum. Além disso, o bebê enfrentava inúmeros
episódios de apneia diariamente. “Ele ficava com falta de ar, ficava roxinho e
se esticava”, conta Flaviana.
A equipe que acompanhava a criança em Alagoas julgou que a
cirurgia não seria necessária. Mas o coração da mãe não ficava tranquilo. Foi
quando Flaviana buscou ajuda na internet e através da rede social encontrou o
neurocirurgião pediatra Alexandre Canheu.
A primeira consulta foi online, onde o médico confirmou o
diagnóstico e solicitou que a família viesse para Londrina. Augusto precisava
passar pela cirurgia o quanto antes.
O médico, Alexandre Canheu explica que foi necessário
colocar uma espécie de válvula na cabeça do bebê, para drenar todo o líquido
acumulado no crânio, que fazia com que a cabeça aumentasse de tamanho. “Colocamos
um cateter para drenar o liquido que vai até o abdome. Todo esse excesso de
liquido é drenado por aí”, disse o médico.
Após 15 dias de procedimento, o bebê já tirou os pontos e
os pais já perceberam mudanças no comportamento do pequeno. “Ele diminuiu muito
a irritabilidade. Antes ele ficava irritado quase 24 horas por dia”, disse o
pai Janielson Oliveira.
Para o especialista, ainda é cedo para afirmar que Luiz
Augusto terá algum tipo de atraso cognitivo. Neste momento, o importante é
focar na recuperação com muito estímulo e fisioterapia.