O Ministério Público do Paraná (MPPR), por meio do núcleo de Guarapuava do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), deflagrou nesta terça-feira (24) a Operação Terra Prometida, que apura crimes de associação criminosa e estelionato com abuso de função pública. Foram cumpridos cinco mandados de busca e apreensão contra um vereador, que hoje é o ex-secretário de Habitação e Urbanismo de Guarapuava, dois ex-servidores públicos, a esposa de um deles e um assessor da Câmara Municipal.
A investigação aponta que, entre maio e agosto de 2024, o então secretário e dois comissionados da secretaria obtiveram R$ 30 mil de forma fraudulenta de uma cidadã, sob o pretexto da compra de um terreno. Um dos envolvidos atualmente ocupa cargo no gabinete do vereador investigado.
A fraude teria ocorrido quando a vítima procurou informações sobre um imóvel. Ela foi convencida a desistir da compra e a pagar R$ 30 mil por um terreno no bairro Vila Bela, supostamente ligado a um programa habitacional.
O Ministério Público descobriu que a vítima foi indevidamente incluída no programa como primeira possuidora do imóvel, enquanto a verdadeira beneficiária foi prejudicada. O valor pago foi depositado na conta da esposa de um dos servidores.
A apuração também indica que o vereador investigado tentou silenciar a vítima, orientando um assessor e um advogado a convencê-la a não relatar os fatos ao MPPR.
Ainda na manhã de terça-feira, foi deflagrada a Operação Inconfidência, que investiga o vazamento de informações sigilosas de investigações conduzidas pelo Gepatria e pelo Gaeco de Guarapuava. Foram cumpridos quatro mandados de busca e apreensão. Entre os alvos estão um vereador, um policial militar e um ex-assessor da Prefeitura de Guarapuava.