Uma nova modalidade de golpe tem gerado prejuízos significativos na região de Londrina, utilizando indevidamente o nome da advogada Gabriela Gasparetto, que atua em processos de alto valor. Pelo menos dez clientes do escritório dela já foram vítimas, caindo na armadilha de criminosos que se passam por advogados ou funcionários da Justiça.
Os golpistas enviam mensagens, principalmente por WhatsApp, prometendo que processos foram encerrados e que o cliente tem um valor a receber. Para dar credibilidade ao golpe, eles usam documentos falsos que imitam alvarás de pagamento, contendo informações reais das vítimas, como nome completo, CPF, número do processo e até o valor exato da ação, que em alguns casos ultrapassa cem mil reais.
A armadilha do PIX e o alerta da advogada
A armadilha se concretiza quando a vítima é instruída a pagar uma "taxa" para que o suposto dinheiro seja liberado. Os depósitos são feitos via PIX, e os criminosos chegam a enviar comprovantes falsos.
Gabriela Gasparetto alerta sobre a fraude: "Eles falsificam um documento como se fosse do Tribunal de Justiça, pedindo R$ 10, R$ 12 mil pra liberar um valor de processo. Mas isso não existe. Quem ganha o processo, geralmente, não tem mais nada a pagar."
O que torna esse golpe ainda mais perigoso é a sua aparência de autenticidade. Os criminosos utilizam nomes reais e dados de processos que realmente existem, além de uma linguagem jurídica convincente. Em muitos casos, as vítimas só desconfiam da fraude após já terem transferido o dinheiro.
Prejuízos e falha na segurança de dados
Os prejuízos para as vítimas são alarmantes. Teve quem perdeu toda a aposentadoria; outros depositaram dez, doze, e até dezoito mil reais. Em um único dia, a advogada Gabriela Gasparetto calculou um prejuízo de vinte e um mil reais somente entre seus clientes.
Os golpistas conseguem acessar processos públicos na internet e, com a ajuda de aplicativos ou contatos ilegais, chegam aos telefones das vítimas. "O mais preocupante é: como eles conseguem o contato dos clientes? Evito colocar telefone ou e-mail nos processos, mas mesmo assim eles conseguem. A gente não tem resposta da Polícia, da OAB, nem do Ministério Público", questiona a advogada, que segue orientando seus clientes e reforçando: não existe cobrança para receber valores de um processo. Qualquer pedido nesse sentido merece desconfiança imediata.