Os paranaenses estão se readaptando à realidade de rodovias federais e estaduais sob concessão da iniciativa privada mas, por enquanto, sem a cobrança de pedágio. Ainda não há data definida para o início da tarifa, já que a autorização da ANTT depende de melhorias significativas nas estradas.
Menos de dois meses após o início do contrato de concessão do Lote 6, que terá duração de 30 anos, cerca de 100 quilômetros dos 662 previstos já foram recuperados. O trecho concedido abrange 31 municípios das regiões Oeste e Sudoeste, e um dos maiores desafios é a recuperação da BR-163, rodovia que, mesmo tendo sido reformada há pouco mais de cinco anos ao custo de meio bilhão de reais, já apresenta sérios problemas e precisa ser refeita.
As melhorias começaram pela região Sudoeste, em pontos considerados críticos. Já foram instaladas mais de mil placas de sinalização, e as praças de pedágio estão praticamente finalizadas. Apesar da resistência à cobrança, muitos motoristas reconhecem que é necessário garantir melhores condições de trafegabilidade.
A nova modelagem do contrato exige que a cobrança só comece após avaliação positiva da ANTT sobre os serviços já realizados. Antes disso, será aberto um período de transição para informar os usuários e permitir que todos se preparem para o novo custo.
Entre as vantagens previstas, está o desconto para quem utiliza tag de pagamento automático, benefício que valerá especialmente para quem trafega com frequência pelas rodovias pedagiadas.