O mês de maio terminou com um dado alarmante em Cascavel: nove pessoas perderam a vida em acidentes de trânsito, justamente no período em que é realizada a campanha nacional de conscientização sobre a segurança viária, o Maio Amarelo. O número é o mais alto desde 2020 e evidencia, mais uma vez, os impactos da imprudência nas ruas e rodovias da cidade.
Das nove mortes registradas, três aconteceram no perímetro urbano e seis em rodovias que cortam o município. O último acidente fatal foi na sexta-feira (31), no Centro. A motociclista Franciele Alves, de 28 anos, seguia pela Rua Vitória quando foi atingida por uma caminhonete que teria furado a preferencial no cruzamento com a Rua Souza Naves. Ela morreu na hora. O caso gerou comoção entre os moradores da região, onde acidentes são recorrentes. A população cobra melhorias urgentes para evitar novas tragédias.
O Conselho de Trânsito de Cascavel acompanha com preocupação esse cenário. Um levantamento feito pelas equipes aponta que a principal causa dos acidentes graves é a falta de atenção.
Moradores como a dona Selmira vivem com medo. Ela relata dificuldades para atravessar ruas e diz que muitas vezes sai de casa sem a certeza de que voltará em segurança.
Cascavel cresce constantemente, e com isso o volume de veículos também aumenta. O poder público tem realizado intervenções como melhorias na sinalização, alterações no sistema viário e obras de mobilidade urbana. Mas a mudança no comportamento dos usuários do trânsito também é fundamental.
As mortes registradas em maio deixam marcas profundas em famílias cascavelenses, mas são, em grande parte, evitáveis. Condutores, ciclistas e pedestres precisam agir com mais responsabilidade. A segurança no trânsito é um dever coletivo.