O Ministério Público do Paraná (MPPR) anunciou a abertura de uma investigação sobre as mensagens de ódio direcionadas a um menino de nove anos que, no último domingo, invadiu um hospital veterinário em Nova Fátima e matou 23 animais, incluindo 15 coelhos. O caso gerou grande repercussão nas redes sociais e na mídia, resultando em ataques virtuais não apenas ao garoto, mas também à sua família.
Em nota, o MPPR informou que a Promotoria de Justiça de Nova Fátima está liderando a apuração do caso, que foi formalmente registrado nesta terça-feira (15). A criança, que está sob cuidados do Conselho Tutelar e de uma equipe multidisciplinar designada pela Justiça, não tem histórico de violência e vive com a avó.
O crime ocorreu logo após a inauguração do hospital veterinário. Imagens de câmeras de segurança mostram o menino cometendo os atos de violência contra os animais. Dada a idade do garoto, a Polícia Civil esclareceu que não há possibilidade de ação penal, e o foco da investigação agora está na responsabilização dos internautas que disseminaram mensagens de ódio.
A Promotoria ressaltou que, devido à natureza sigilosa do caso, as informações estão restritas, mas a investigação incluirá a análise das ameaças e ofensas direcionadas ao menino e à sua família.
Nota do Ministério Público do Paraná: “O Ministério Público do Paraná acompanha a situação por meio da Promotoria de Justiça de Nova Fátima. Em 15 de outubro, foi aberto um procedimento para a apuração do caso, e a criança receberá acompanhamento adequado. Também serão investigadas as mensagens de ódio já registradas, visando a responsabilização dos envolvidos.”
