Morreu em Londrina, no Norte do Paraná, na manhã deste sábado (26), o Dom Geraldo Majella Cardeal Agnelo, arcebispo emérito de São Salvador da Bahia, aos 89 anos.
A saúde de Dom Geraldo se agravou em dezembro do ano passado, quando sofreu um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Encontrava-se em internamento domiciliar e teve uma piora nos últimos dias, vindo a falecer nesta madrugada.
Uma vida dedicada à devoção
Dom Geraldo foi arcebispo da Arquidiocese de Londrina entre os anos de 1982 e 1991, época em que fundou a Pastoral da Criança, em 1983, ao lado da médica Zilda Arns, em Florestópolis. O cardeal escolheu o Santuário de Nossa Senhora Aparecida, local onde celebrou por diversas vezes quando ainda era arcebispo da cidade, para celebrar os 65 anos de ordenação sacerdotal, com uma missa no dia 29 de junho de 2022.
Dom Geraldo foi uma pessoa que dedicou sua vida ao trabalho e que ajudou a Igreja em momentos de desafios, em todos os cargos ocupados por ele, desde o exercício do ensino, até como arcebispo, presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e nas congregações às quais foi membro, no Vaticano. Amigo pessoal do papa João Paulo II e integrante da Cúria Romana quando o então Pontífice morreu, em 2005, Dom Geraldo teve seu nome cotado para substituir o Santo Padre, com quem conviveu e trabalhou durante muitos anos. Na ocasião, Bento XVI acabou sendo eleito.
Em carta, Dom Geraldo expressou o desejo de ser sepultado em Londrina
Tendo o pedido de renúncia aceito pelo Papa Bento XVI no ano de 2011, Dom Geraldo Majella Agnelo tornou-se Arcebispo Emérito da Arquidiocese de Salvador e, em 2014, passou a residir em Londrina, onde fora arcebispo.
Em carta registrada em cartório em março de 2020, o Cardeal expressou seu desejo de ser sepultado na cidade de Londrina. Assim escreveu Dom Geraldo: “Sempre foi minha intenção ser sepultado no lugar onde tivesse residência, quando Deus me chamasse a si. Assim, expresso mais uma vez o meu desejo de ser sepultado em Londrina, com a anuência do Arcebispo desta Sede Metropolitana, quando chegar a minha hora de partir deste mundo”.
Sendo assim, a Arquidiocese de Londrina e o seu arcebispo Dom Geremias Steinmetz acatam o desejo do Cardeal, que será sepultado na Cripta da Catedral Metropolitana de Londrina, onde estão sepultados o primeiro bispo e arcebispo, Dom Geraldo Fernandes Bijos, e o terceiro arcebispo, Dom Albano Botoleto Cavalin.