O Ministério Público apresentou denúncia à Justiça contra Adilson Romão, ex-assessor parlamentar da Câmara de Vereadores de Foz do Iguaçu, acusado de usar documentos falsos para ocupar o cargo público. A denúncia foi formalizada após o MP receber o inquérito policial que apurou o uso de um histórico escolar e de um diploma de conclusão do ensino médio considerados falsos.
Os documentos são exigência legal para o cargo de assessor. Adilson ocupava a função no gabinete do vereador Cabo Cassol desde julho de 2021 e pediu exoneração em março deste ano. A defesa do ex-assessor, que já havia recusado acordo em outro processo judicial, afirma acreditar na absolvição criminal e sustenta que ele foi vítima da instituição de ensino.
Um procedimento interno na Câmara chegou a ser instaurado, mas acabou arquivado. A investigação, no entanto, seguiu com a Polícia Civil. Segundo relatório da escola citada no caso, o carimbo apresentado no documento não corresponde ao padrão da coordenadoria e o nome do professor signatário não pertence ao corpo docente.
A denúncia contra Adilson surgiu após uma verificação mais ampla da Câmara sobre a documentação apresentada por assessores parlamentares. A checagem começou depois que outro caso levantou suspeitas — o de um ex-assessor da vereadora Carol Dedonatti, que teria, segundo os documentos, cursado o ensino médio entre os seis e oito anos de idade. Esse episódio deu início a uma apuração que acabou revelando outras possíveis irregularidades.
A decisão de receber ou não a denúncia agora cabe à Justiça.