Na noite desta sexta-feira (9), foi realizada a abertura oficial da Expoingá 2025, em Maringá, com a participação do governador Ratinho Júnior e de autoridades públicas. Em entrevista exclusiva à Tarobá, o secretário estadual de Segurança Pública, Hudson Teixeira, falou sobre a investigação das mortes de dois jovens durante confronto com a polícia em Londrina, e destacou a insatisfação com a lei que permite a saída temporária de presos, após avó e neta serem assassinadas na cidade de Jataizinho, na Região Metropolitana de Londrina.
Sobre os inquéritos que buscam entender a dinâmica das mortes de Kelvin Willian Vieira dos Santos, de 16 anos, e Wender Natan da Costa, de 20 anos, ocorridas no dia 15 de fevereiro de 2025, o secretário explicou: “Foram instaurados dois procedimentos: um da Polícia Militar, que já se encerrou e foi conduzido pela região de Maringá; e outro, instaurado pela Polícia Civil, que ainda não se encerrou. No processo, foram inseridas as provas arroladas pela defesa dos jovens e também por parte dos policiais.”
Ainda na noite desta sexta, enquanto o secretário participava da feira em Maringá, o primeiro acusado de matar avó e neta a facadas foi solto, após outro homem confessar os crimes. Marley Gomes de Almeida, de 53 anos, e a neta dela, Ana Carolina Almeida Anacleto, de 12 anos, foram amarradas e mortas após João Vitor Rodrigues, de 24 anos, entrar na casa das vítimas para roubar. O jovem cometeu o crime durante uma 'saidinha' temporária. “O que entristece ainda mais toda a segurança é o fato de o indivíduo ter cometido isso em um momento em que recebeu o benefício de uma saída do presídio. Ele estava preso por tráfico de drogas, era faccionado, e teve esse benefício e, nesse benefício, matou duas mulheres”, declarou Hudson.
Ainda sobre as saídas temporárias, o secretário afirmou que já esteve em Brasília para pleitear o fim do benefício. “Precisamos acabar com isso, que tem gerado reincidência criminal e prejudica, e muito, a segurança da população. Esse caso é mais um que reforça a necessidade de uma revisão da legislação penal.”