Um feminicídio brutal chocou o município de Ibiporã, no norte do Paraná, no último fim de semana. Kelsileny Rysik Barbosa, de 34 anos, foi assassinada com golpes de faca e disparos de arma de fogo. O principal suspeito do crime é o ex-marido da vítima, Dhecson Cardoso do Nascimento, que tirou a própria vida horas após o crime.
As primeiras informações recebidas pela Polícia Militar foram repassadas pela irmã do assassino, que recebeu um vídeo dele confessando o crime e se despedindo. Quando os policiais chegaram ao local, encontraram Kelsileny com ferimentos provocados por faca e arma de fogo e já morta.
De acordo com o delegado Vitor Dutra, da Polícia Civil do Paraná (PCPR) em Ibiporã, o autor do crime já possuía histórico de violência desde 2010, inclusive em relacionamentos anteriores. A vítima, Kelsileny Rysik Barbosa, havia registrado uma medida protetiva contra ele, que estava em vigor no momento do crime.
"Ele já tinha um histórico antigo de violência. Desde 2010 ele tinha um histórico com outras pessoas. Ela veio até aqui e solicitou uma medida protetiva. Em um dos vídeos que ele gravou, confessando o crime, ele menciona que a Polícia estava atrás dele. Já vínhamos tentando cumprir o mandado de prisão por descumprimento da medida protetiva, mas, infelizmente, ele conseguiu consumar o crime", relatou o delegado.
Após cometer o feminicídio, Dhecson fugiu levando a moto da vítima até uma chácara na cidade vizinha de Jataizinho, onde incendiou o veículo. No local, ele gravou vídeos enviados a amigos e familiares, confessando o crime e se despedindo. Na sequência, ele tirou a própria vida.
A Polícia Civil investiga o caso e segue trabalhando para localizar a arma de fogo utilizada no crime. Ainda conforme o delegado, não há, até o momento, indícios de que o autor tenha tido ajuda de terceiros.
O delegado Vitor Dutra destacou que a arma de fogo utilizada no crime ainda não foi localizada, o que é considerado um ponto central da investigação.
“Um dos pontos-chave é que a arma de fogo utilizada no crime não foi encontrada. Estamos trabalhando para verificar se houve a participação de uma terceira pessoa ou não. Até o momento, não há nenhum suspeito.” afirmou o delegado.
O tenente Marco Lopes, da Polícia Militar, também comentou sobre o caso e fez um apelo à população para que denuncie situações de violência doméstica, já que isso pode salvar vidas.