O significativo aumento no número de demandas diante de casos de maus-tratos contra animais domésticos virou motivo de preocupação para autoridades, tutores e simpatizantes dos bichos e por isso,  foi lançado nesta semana o projeto Paraná contra os maus-tratos, uma iniciativa inédita no Brasil.

No paraná, só no primeiro semestre de 2021, o volume de casos relacionados a maus tratos a animais, dobrou comparado a 2020. segundo dados do disque denúncia 181, da Secretaria de Estado de Segurança Pública, quase 4.900 denúncias foram recebidas por telefone nos primeiros seis meses de 2021. Já em 2020, no mesmo período foram 2298 registros: um aumento de 111%.

Em cascavel, as situações são inúmeras. Em menos de 30 dias, dois casos graves repercutiram pela crueldade. No último natal, uma gata chamada Liliti, ficou gravemente ferida após ter fugido para a rua e terem introduzido uma bombinha no anus, dela. A explosão deixou a gatinha muito machucada. após várias cirurgias,  ela ainda está se recuperando. até o momento, suspeitos não foram identificados.

o outro caso foi registrado  no dia 10 de janeiro. Um médico de 30 anos, espancou e matou a própria cachorrinha, da raça Spitz Alemão. Em depoimento  ele alegou que  não bateu no animal, e explica que a cachorrinha teria urinado no local errado e advertir ela com chineladas no chão, a cachorrinha teria convulsionado. Imagens de câmeras de segurança registraram o homem no elevador e na garagem do prédio onde morava, já com a cachorrinha aparentemente sem vida. Situações como essas reforçam ainda mais a necessidade redução e combate aos crimes contra animais.

No comando da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente do Paraná, Mateus Laiola vive diariamente realidades revoltantes em relação aos maus tratos e percebeu a necessidade de encarar a situação começando com orientação e  colaboração da sociedade. Por isso, surgiu o projeto Paraná contra os maus-tratos, uma iniciativa inédita no brasil, encabeçado por ele.

O lançamento aconteceu redes sociais do @paranacontramaustratos, no Instagram e Facebook. O objetivo é formar uma rede de defesa aos  direitos dos animais em situação vulnerável, vítimas de maus tratos. As atividades de capacitação vão ser realizadas de maneira gratuita, por meio de lives em redes sociais e vídeo-aulas.

Uma das colaboradoras e parceiras,  é a advogada animalista Evelyne Paludo, membro da ONG Sou Amigo. Ela reforça a necessidade de identificar e denunciar esses crimes. Segundo ela, as orientações e os esclarecimentos pretendem melhorar o comportamento  e ampliar o conhecimento de  protetores e da população na hora de agir contra o crime.

Veja mais detalhes na reportagem de Patricia Cabral, exibida no Jornal Tarobá 1ª Edição.