A tecnologia tornou-se uma importante aliada no combate à violência contra a mulher no Paraná. Desde setembro, um projeto-piloto em Curitiba está utilizando tornozeleiras eletrônicas para monitorar agressores e proteger vítimas que possuem medidas protetivas.
O projeto, que é uma parceria entre o Governo do Estado, o Tribunal de Justiça (TJ) e o Ministério Público (MP), tem como objetivo principal impedir que o agressor se aproxime da vítima. O Secretário de Segurança, Hudson Leôncio, confirmou o início dos testes em setembro.
Como Funciona o Monitoramento
Por decisão judicial, o agressor é obrigado a utilizar uma tornozeleira eletrônica. Simultaneamente, a vítima recebe um celular que é o principal mecanismo de alerta.
O sistema define dois raios de segurança para o agressor:
Raio de Advertência: Com alcance de até 1 quilômetro. Se o agressor entra neste perímetro, ele é alertado para se afastar imediatamente.
Raio de Exclusão: Com limite de 500 metros. Se o agressor insiste e ultrapassa este limite, a Polícia Militar é acionada imediatamente para intervir.
Ananda Chalegre, Diretora-geral da Polícia Penal do Paraná, e Emanuelle Siqueira, Delegada-chefe da Delegacia da Mulher de Curitiba, detalharam a operação do sistema.
A Juíza de Direito da 1ª Seção Judiciária da Comarca da Região, Camila de Britto, reforçou que o projeto já está em funcionamento na capital e a expectativa é que ele seja expandido para o interior do estado a partir do próximo ano.