A constante presença de pessoas em situação de rua em Cambé, gerou discussão sobre a segurança na cidade. Após a morte do taxista José Carlos Rossi, de 70 anos, a discussão ficou ainda mais evidente e o prefeito do município, Conrado Scheller, afirma que trabalha para minar estes problemas.
“Nós oferecemos banho, comida, passagem para retornar à cidade de origem e também oportunidade para quem quer trabalhar. Porém, a questão envolve mais coisas”, afirmou.
Além disso, Cambé também possui tecnologia com inteligência embarcada, capaz de identificar pessoas e placas de veículos, usada para acompanhar escolas, parques e vias de grande movimento.
O sistema com mais de duzentas câmeras espalhadas no município, foi fundamental para esclarecer o latrocínio que chocou toda a região nesta semana. As câmeras de videomonitoramento da cidade foram utilizadas pela Polícia Civil para traçar o percurso feito pelo táxi. As imagens foram essenciais para identificar, localizar e garantir a prisão dos suspeitos.
“Algumas pessoas acham que as câmeras servem apenas para multar, mas menos de 10% delas fazem isso. O restante está ajudando em casos como esse, em que criminosos foram presos com a ajuda das imagens. Isso faz diferença na segunda etapa também: manter preso. O juiz tem imagem, tem prova, tem materialidade para dar uma sentença maior”, disse Scheller.
De acordo com as investigações, um dos suspeitos de envolvimento no crime contra o taxista vivia nas ruas. Para o prefeito de Cambé, além da situação de vulnerabilidade, muitos que já têm passagens por crimes estão soltos, o que aumenta a preocupação e a insegurança.
“Tem gente que não está em situação de rua, mas está matando, roubando. O que a população não suporta mais é a impunidade. Ver gente com 20, 30 passagens presa de novo, ou liberada em audiência de custódia”, ressaltou.