O sindicato que representa as empresas de contabilidade de Londrina e região realizou, nesta segunda-feira (27), uma ação para sanar dúvidas em relação à declaração do Imposto de Renda 2023. Participaram do evento o delegado da Receita Federal de Londrina, Reginaldo Cardoso, e representantes de conselhos da cidade que fizeram um apelo para a destinação de parte do imposto para ajudar entidades.
Segundo Cardoso, 360 mil declarações são esperadas em Londrina. Em 2022, foram 330 mil. A defasagem, somada à retomada dos empregos no ano passado contribuíram com o aumento de contribuintes. "Houve um aquecimento no emprego formal, na região, e isso fez com que uma pessoa que antes era isenta, agpra tenha atingido o nível da obrigatoriedade da declaração”, disse o delegado.
A reforma do imposto de renda, com a correção da tabela e a atualização das alíquotas são promessas do Governo Federal, que ainda não se confirmaram. Quem teve rendimentos tributáveis acima de R$ 28.559,70 tem que declarar. A exigência também vale para quem teve receita bruta em atividade rural acima de R$ 142 798,50.
Aqueles que operam na Bolsa de Valores também precisam ficar atentos. Quem recebeu rendimentos isentos ou realizou operações acima de R$ 40 mil também precisa fazer a declaração. “Se a pessoa operou menos de 40 mil, mas houve um ganho que passa desse valor, então tem que declarar", explicou o presidente do Sescap, Euclides Nandes Correia.
Diferente dos anos anteriores, a declaração do imposto de renda vai começar mais tarde: em 15 de março, quando será liberado o programa para as declarações pré-preenchidas. Os contribuintes também terão um prazo maior para entregar o documento: até 31 de maio.
Não houve alteração no cronograma de pagamento da restituição, que vai começar a ser paga também em 31 de maio. Quem fizer a declaração pré-preenchida ou optar receber por pix, terá prioridade.
Em 2022, os fundos municipais dos Direitos do Idoso e da Criança e do Adolescente arrecadaram juntos quase R$ 720 mil, em destinações do imposto de renda. O valor é menor que em cidades como Cascavel, Foz do Iguaçu e Ponta Grossa. Por isso, o apelo. “Gostaríamos que a sociedade se conscientize da necessidade dessa destinação. Porque ela está destinando, não está doando e esses valor vão ficar em Londrina”, disse a presidente do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente, Magali Batista de Almeida.