O Delegado Pedro Fontana concedeu entrevista coletiva nesta manhã, para falar sobre o caso do técnico de enfermagem de 21 anos, que foi preso em flagrante na quarta-feira (11) no Hospital Universitário do Oeste do Paraná, em Cascavel, acusado de estuprar sexualmente um paciente em pós-operatório. O crime foi descoberto por outros funcionários da unidade, que já desconfiavam da conduta do colega e flagraram o abuso enquanto ele estava com o paciente, que apresentava sinais de um nível de consciência reduzido devido ao uso de medicação.

A direção do hospital foi imediatamente notificada pelos funcionários e acionou a Polícia Militar. O acusado foi preso em flagrante e encaminhado para a Delegacia Cidadã, juntamente com as testemunhas do ocorrido.

De acordo com o delegado responsável pela investigação, o paciente estava provavelmente em estado de consciência reduzida devido aos efeitos das medicações administradas após a cirurgia. Durante o depoimento dos funcionários, a polícia descobriu que uma denúncia semelhante havia sido registrada contra o mesmo técnico de enfermagem no início deste ano, mas não havia sido possível comprovar o fato na ocasião.

Em nota, a direção do Hospital Universitário informou que o técnico, contratado em janeiro de 2024 por meio de processo seletivo, foi imediatamente afastado das funções após o ocorrido. A unidade destacou ainda que a ala onde o acusado trabalhava não foi informada do afastamento, e que o hospital está colaborando com a Polícia Civil fornecendo todas as informações necessárias para as investigações. O hospital repudia veementemente qualquer ato contra a dignidade humana e afirmou que este é um caso isolado entre os mais de 1.500 servidores da instituição.

O inquérito policial deverá ser concluído em até 10 dias, e a polícia reforçou que está à disposição para receber novas denúncias de outras possíveis vítimas do profissional.

Casos semelhantes

Este não é o primeiro caso de abuso registrado em hospitais do Paraná neste ano. Em novembro, um técnico de enfermagem de Curitiba foi preso por estupro de vulnerável, produção de conteúdo de pornografia infantil e lesão corporal grave por transmissão de HIV. O acusado confessou ter abusado de pelo menos cinco homens entre novembro de 2023 e outubro de 2024. Ele segue preso, e o caso também gerou preocupações sobre a segurança nos hospitais do estado, levantando um alerta para a necessidade de reforçar a proteção e a vigilância dentro das unidades de saúde.