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Um ano após queda do voo 2283, investigação segue sem conclusão das causas do acidente

11 ago 2025 às 12:37

Um ano após a tragédia que vitimou 62 pessoas com a queda do voo 2283 da Voepass, as investigações sobre as causas do acidente ainda não foram concluídas. A principal suspeita é a falha no sistema de degelo da aeronave, que pode ter comprometido a estabilidade do avião durante o voo.


Criada em agosto de 2024, dez dias após o acidente, a Comissão Externa da Câmara dos Deputados finalizou o relatório que aponta falhas e sugere mudanças para a aviação brasileira. O grupo acompanhou apurações e ouviu 28 pessoas, incluindo representantes da ANAC, do Cenipa, da Voepass, especialistas em aviação e familiares das vítimas.


O relator da comissão, deputado federal Nelsinho Padovani, destacou que o objetivo não foi atribuir culpa, mas identificar oportunidades de melhoria no setor aéreo. Dois projetos de lei foram elaborados a partir das conclusões do grupo.


Entre as críticas, está a atuação considerada hesitante da ANAC, que só suspendeu as operações da empresa aérea em março deste ano. O relatório será votado na próxima quarta-feira e encaminhado à Polícia Federal e ao Ministério Público Federal, que mantêm investigações paralelas.


A apuração do Cenipa ainda está em andamento, reforçando a hipótese de formação excessiva de gelo nas asas, o que teria provocado a perda de estabilidade do avião.


No último sábado, completando um ano da tragédia, uma cerimônia em Vinhedo — local da queda — reuniu centenas de pessoas para prestar homenagens às vítimas e lembrar o acontecimento que chocou o país.