A Usina Cultural de Londrina, primeira vila cultural da cidade, lança na próxima quarta-feira (dia 25), o projeto “Usina Cultural Ligando Pontos”, proposta financiada pelo Governo Cultural, por meio da Política Nacional Cultura Viva (PNCV) e Política Nacional Aldir Blanc (PNAB). O valor do projeto para 12 meses é de quase R$ 500 mil. O lançamento contará com a palestra, às 20h, “Juventude e Diversidades na Cena Cultural”, com Ursula Boreal, produtora cultural.
Ursula Boreal é travesti não binária, cientista social, produtora cultural, mestra e doutoranda em Sociologia pela Universidade Estadual de Londrina (UEL). Antes da palestra, às 19h15, haverá confraternização com comidinhas e afeto. A atividade é gratuita, mas os interessados devem fazer a inscrição pelo Sympla neste link.
O presidente da Usina Cultural, Alex Lima, afirma que o “Ligando Pontos” marca uma nova etapa na trajetória da vila, fundada no início dos anos 2000. “A pandemia de Covid-19 deixou um vácuo na produção cultural londrinense e desde 2023, a nova diretoria está empenhada em reestruturar o espaço. Temos muitas novidades para a comunidade londrinense”, afirma Lima. “Além do Ligando Pontos, estamos finalizando a construção de um novo palco, as reformas do piso da entrada, da fachada, do banheiro e a construção de um banheiro acessível.”
Lima explica que o Pontão da Usina é uma proposta de formação cultural que passa pela valorização da diversidade cultural e das identidades locais, com participação de especialistas e líderes culturais. “Teremos a palestra de lançamento do Pontão da Usina, com a Ursula Boreal e estamos com mais três oficinas programadas. Os interessados já podem fazer a inscrição. Tudo é gratuito”, afirma Lima.
Oficinas agendadas
Para marcar o novo momento da Usina Cultural, o diretor de Atividades e Curadoria do Ligando Pontos, Lucas Manfré, informa que três oficinas estão programadas para começar no início de julho. “Realizamos uma pesquisa com profissionais da cultura e das áreas relacionadas a cada uma das atividades, para identificar profissionais qualificados para realização das atividades”, comenta Manfré. Ele reforça que as inscrições são gratuitas e devem ser feita pelo Sympla, no link da Usina.
A primeira oficina tem início no dia 2 de julho. Trata-se da oficina “Saberes, arte e brincadeiras populares - subsídios para reflexão e aplicação escolar”, que será realizada toda quarta-feira até o final de setembro, sempre das 19h às 22h. São 40 vagas voltadas para educadores e diretores de escolas públicas, tanto municipais quanto estaduais.
O responsável pela atividade é o professor e artista visual André Camargo Lopes, doutor em História e Sociedade; mestre em História Social. Camargo é pesquisador de metodologias e conteúdos educacionais no ensino de arte; autor das coleções didáticas Novo Pitanguá e Moderna Plus, da Editora Moderna. Como artista visual, atua como fotógrafo, com exposição individual realizada em 2017 "Meu Nome é Saudade".
A segunda oficina começa no dia 5 de julho e será realizada aos sábados, até setembro, sempre das 9h às 11h. Com o título "Patrimônio, identidade e pertencimento pela proposta curricular", a responsável é a mestre em Educação e doutoranda em Educação Eliane Candoti. Na Secretaria Municipal de Educação de Londrina, ela é responsável pela formação continuada de professores dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental na área de História e pelo Projeto Conhecer Londrina - uma proposta de educação patrimonial.
Essa atividade tem 35 vagas voltadas para professores do ensino fundamental e médio, com objetivo de favorecer a identificação e apropriação do patrimônio cultural em um contexto escolar. Além disso, a oficina busca promover a disseminação e o cuidado com os bens culturais.
A terceira oficina começa no dia 7 de julho. “Tecendo Saberes: escola, território e cultura viva” ocorrerá sempre às segundas-feiras, das 19h às 22h, até o mês de setembro. A responsável pela atividade é Leila Linguanotti, mestra em Ensino de Ciências Humanas, Sociais e da Natureza. Ela atua como docente desde 2009, com experiência em todos os níveis de educação, da infantil à educação de jovens e adultos (EJA).
A atividade propõe uma vivência sensível e reflexiva sobre as relações entre escola, território e cultura popular, com foco na valorização dos saberes tradicionais. Por meio de práticas como bordado em mapas afetivos, poemas visuais e o uso de tintas feitas com terra da cidade, serão exploradas memórias, símbolos e paisagens de Londrina como caminhos possíveis para integrar a cultura local ao fazer pedagógico. Ao todo são 40 vagas voltadas para educadores e diretores de escolas públicas.