A menos de dois dias para o início de 2026, os usuários do transporte coletivo de Londrina permanecem em um cenário de incerteza quanto ao valor da passagem no próximo ano. A prefeitura informou que ainda não há uma confirmação sobre o reajuste, ressaltando que a definição do novo valor e a data do anúncio dependem exclusivamente de uma decisão do prefeito Tiago Amaral. 

Diferente do ano passado, quando a divulgação ocorreu em 30 de dezembro mantendo a tarifa em R$ 5,75 devido a subsídios municipais, a gestão atual ainda avalia o impacto financeiro do serviço, que consome cerca de R$ 15 milhões mensais do caixa público para cobrir a diferença entre o custo real e o preço pago pelo passageiro.

O impasse ocorre em meio a um cenário de fiscalização, após a Polícia Civil deflagrar uma operação para investigar a contratação direta de uma consultoria, no valor de R$ 142,5 mil, destinada a auditar a planilha de custos do setor. 

O prefeito Tiago Amaral defende a necessidade da revisão, classificando o contrato herdado como um "presente de grego" e alegando que a auditoria é uma exigência do Ministério Público e do Tribunal de Contas (TCE) para assegurar a transparência na aplicação dos recursos. Embora a expectativa da população seja alta, não existe a obrigatoriedade legal de que o novo valor da tarifa seja divulgado especificamente no dia 1º de janeiro.