Até o final de novembro, aproximadamente 156 mil trabalhadores com carteira assinada e mais 65 mil aposentados devem receber a primeira parcela do 13º salário, em Londrina. Para o setor produtivo, isso pode representar um fôlego, já que, segundo dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregadoso) o pagamento pode representar a injeção de R$ 510 milhões na cidade. Um dos primeiros reflexos pode ser a diminuição da inadimplência.

“A pessoa pensa que justamente o varejista queira que ele gaste esse dinheiro, mas o varejista quer que ele primeiro honre seus compromissos porque ele também está recebendo por algo que já vendeu e não conseguiu receber. Além do que, esse consumidor, com o nome limpo, passa a comprar produtos de maior valor. É toda uma cadeia de interesses”, explicou o economista Marcos Rambalducci.

O pagamento da primeira parcela do 13º salário deve ser feito até 30 de novembro e ser de, no mínimo, 50% do valor a que o trabalhador tem direito. A outra metade deverá ser paga, no máximo, até 20 de dezembro.  Conforme a legislação, a empresa pode optar por pagar parcela única até 20 de dezembro.

No comércio de Londrina a expectativa é bastante positiva. Uma pesquisa encomendada pela Faciap (Federação das Associações Comerciais e Empresariais do Estado do Paraná) em parceria com a Acil (Associação Comercial e Industrial de Londrina), constatou que os empresários da cidade esperam um aumento de 15,3% das vendas em comparação ao ano anterior. Nas ruas, parte dos consumidores tem planos de pagar as contas e usar parte do 13º nas compras de final de ano.

Apesar do clima de otimismo, este economista recomenda cautela e bom senso aos consumidores. “Mas precisamos lembrar que as contas de janeiro aparecem e vão aparecer sim. É preciso guardar um pouquinho desse dinheiro para fazer frente a esses gastos que vem em uma época bastante concentrada”, disse.