O dólar volta a recuar em linha com o exterior em meio a sinais de novos ingressos de recursos estrangeiros para a precificação nesta sexta-feira, 21, da Oferta Pública Inicial da Biotoscana e relacionada com a liquidação na segunda-feira, 17, do IPO de R$ 5 bilhões do Carrefour Brasil, cujas ações estrearam quinta-feira (20) na B3.
"O fluxo cambial positivo tem sido diário e prossegue hoje porque teremos a precificação da Biotoscana e, na semana que vem, o IPO do IRB e da Ômega", disse o diretor da corretora Correparti Jefferson Rugik. Para ele, no entanto, o que mais está fazendo preço desde a abertura é o exterior. "O dólar se mantém fraco em função da crise política envolvendo o presidente Donald Trump, além da fala do presidente do Banco Central Europeu ontem, que não deixou claro quando começará a retirar os estímulos monetários na zona do euro". Há pouco, o euro renovou máxima ante o dólar, que registrava mínimas frente o iene.
Às 9h24 desta quinta, o dólar à vista caía 0,16%, aos R$ 3,1196, após bater mínima aos R$ 3,1116 (-0,50%) - menor valor intraday desde a sessão de 17 de maio (a R$ 3,0966), quando após o fechamento dos mercados foi tornada pública a denúncia do empresário Joesley Batista, da JBS, contra o presidente Michel Temer e o seu ex-assessor especial Rodrigo da Rocha Loures. O dólar para agosto caía 0,13% neste mesmo horário, aos R$ 3,1240.
Os agentes financeiros estão na expectativa pelos dados do setor externo (10h30) e o detalhamento do contingenciamento adicional de R$ 5,9 bilhões anunciado pelo governo na quinta-feira, juntamente com aumento das alíquotas de PIS/Cofins sobre combustíveis (às 11h).