O dólar teve um dia de oscilações e fechou em alta nesta sexta-feira (29). A Bolsa de Valores de São Paulo, que abriu em queda, segue para a última hora de negociações em valorização, em meio à repercussão sobre o pacote de corte de gastos do governo.
A divisa que, pela manhã e alcançou R$ 6,11 às 10h18, chegou a cair após declarações do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG) e também de Arthur Lira (PP-AL), presidente da Câmara dos Deputados.
Nos Estados Unidos, os mercados voltam a funcionar depois do feriado de Ação de Graças, o que também ajuda. Mas fecham mais cedo, às 15h (de Brasília). Pelo menos metade do movimento da Bolsa é de estrangeiros, segundo a B3.
O dólar comercial fechou em alta de 0,19%, vendido a R$ 6,001, após ter chegado a R$ 6,11 anteriormente. O turismo teve valorização de 0,31%, para R$ 6,242.
Por volta de 17h, a Bolsa de Valores de São Paulo subia de 0,34%. O Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, valoriza para 125.039 pontos.
O dólar deixou de subir com a força dos dias anteriores por dois motivos: acomodação da alta dos últimos dias e pela influência do que disseram Lira e Pacheco. "A tendência, porém, no curto prazo, é de que o real continue desvalorizado, uma vez que internacionalmente também o dólar segue com força, sem gatilhos que possam promover baixa", diz André Galhardo, consultor econômico da plataforma de transferências internacionais Remessa Online.
Pacheco divulgou nota afirmando que o Congresso tem de apoiar, também, medidas de corte de gastos, ainda que não sejam simpáticas. A ampliação da isenção do Imposto de Renda, no entanto, não é pauta para agora e dependerá de condições fiscais para se concretizar.
"É importante que o Congresso apoie as medidas de controle, governança, conformidade e corte de gastos, ainda que não sejam muito simpáticas. Inclusive outras podem ser pensadas, pois esse pacote deve ser visto como o início de uma jornada de responsabilidade fiscal"