Clientes de diferentes instituições financeiras reclamaram que o Pix estava fora do ar na manhã desta segunda-feira (14). Por volta das 11h30, o Banco Central admitiu problemas técnicos no sistema de pagamentos instantâneos, e às 12h35 informou que tinham sido resolvidos.
O que aconteceu
Segundo o DownDetector, plataforma online que fornece informações em tempo real sobre o status de sites e serviços, problemas com o BC refletiram em outros bancos. Conforme informações divulgadas pelo DownDetector, 93% das falhas relacionadas as BC nesta manhã envolviam o sistema instantâneo de pagamentos. Clientes de Nubank, Banco Inter, Banco do Brasil, Itaú, Caixa, Bradesco, Santander, PagBank e C6, entre outros, relataram nas redes sociais dificuldades para fazer Pix.
Por volta das 11h30, o BC confirmou que há problemas técnicos que tiraram o Pix do ar, sem especificar quais eram as falhas. Em comunicado às instituições financeiras dentro do Informe SPI (Sistema de Pagamentos Instantâneos), ao qual o UOL teve acesso, o BC pediu que as instituições financeiras parem de mandar mensagens para o sistema até segunda ordem. A mensagem foi assinada pelo Deban (Departamento de Operações Bancárias e de Sistema de Pagamentos).
Às 11h35, o BC disse que as operações foram normalizadas. Em comunicado em seu site, a autarquia afirmou que "problemas técnicos no SPI afetaram o funcionamento do Pix durante a manhã desta segunda-feira (14) e suas equipes "atuaram rapidamente" para resolver a falha.
Às 12h49, o C6, um dos bancos afetados, confirmou o restabelecimento do Pix. A instituição informou que "foi afetada por indisponibilidade do sistema Pix do BC em dois momentos, das 10h30 às 11h15 e depois das 11h25 às 11h50".
O Bradesco também confirmou que a plataforma voltou a funcionar. "O sistema Pix do BC apresentou breve intermitência nesta manhã, que afetou o mercado. O serviço já foi regularizado e funciona normalmente no app Bradesco", disse o banco em comunicado à imprensa.
Preferência nacional
O recorde de transações com o Pix foi alcançado em 6 de setembro de 2024, com 227,4 milhões de operações em um único dia. O valor total transferido nessa data foi de R$ 108,4 bilhões.
O Pix é um sistema de pagamentos em tempo real desenvolvido pelo BC. Em funcionamento desde novembro de 2020, vem ganhando a preferência dos clientes sobre cartões e boletos
Novos recursos
Vêm aí novidades no funcionamento do Pix. A partir de 1º de novembro, haverá um limite de R$ 200 para as transferências realizadas a partir de um novo dispositivo. Fica também restrito a R$ 1.000 o total diário dos envios a partir dos celulares e computadores não cadastrados nos bancos.
O BC avalia que novos limites ajudam a evitar fraudes e golpes. Segundo a instituição, as exigências foram discutidas com especialistas do mercado financeiro e buscam tornar o Pix um meio de pagamento cada vez mais seguro para a população.
Pix poderá ser automático. Um novo recurso chamado Pix automático, disponível a partir de 16 de junho de 2025, deve facilitar cobranças recorrentes dos clientes bancários e funciona como um débito automático. A ferramenta busca auxiliar, por exemplo, pagamentos de serviços públicos e mensalidades de escolas, academias, condomínios e outros serviços de pagamento por assinatura.
Pagador terá à disposição funcionalidades para gerir os pagamentos recorrentes. O cliente poderá, por exemplo, estabelecer um limite máximo do valor da parcela a ser debitada, podendo cancelar a qualquer momento a autorização.