Trabalhadores de diversos setores participaram, nesta quinta-feira (16), de audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, debatendo os efeitos do projeto de lei de isenção do Imposto de Renda (IR) para quem ganha até R$ 5 mil por mês.
A proposta do governo federal, já aprovada na Câmara, estabelece alíquota de 10% para contribuintes de alta renda, com rendimentos acima de R$ 600 mil por ano, e prevê redução gradual para quem recebe entre R$ 5 mil e R$ 7.350 mensais.
Para o comerciário Tiago Bitencourt Neves, atualizar a tabela do IR é uma questão de justiça social e progressividade tributária, cobrando mais de bilionários, bancos e investidores e menos de quem ganha menos.
O trabalhador Jadiel de Araujo Santos destacou que a proposta corrige a defasagem histórica da tabela, devolvendo poder de compra e dignidade aos trabalhadores, enquanto Juliano Rodrigues Braga, do setor financeiro, afirmou que a isenção terá impacto direto no bolso de quase 45 mil bancários, injetando dinheiro na economia.
A gerente de posto Silvia Letícia Alves Mattar afirmou que a isenção representa cerca de R$ 200 por mês, quase um 14º salário, e o frentista Willian Ferreira Da Silva defendeu a redução da jornada de trabalho como forma de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores.
Outros participantes, como Zacarias Assunção e Claudionor Vieira do Nascimento, reforçaram que quem ganha menos deve pagar menos IR, enquanto grandes empresas seguem com isenções, e enfatizaram a necessidade de mobilização social para conquistas de direitos e justiça tributária.