O nome de Carlo Ancelotti voltou a circular com força no noticiário esportivo brasileiro. De acordo com o jornal alemão Bild, o treinador italiano vai anunciar sua saída do Real Madrid após o clássico contra o Barcelona, marcado para 11 de maio. A informação, embora ainda não confirmada pelo clube nem pelo técnico, reacende a especulação sobre uma possível chegada à Seleção Brasileira.
Ancelotti já havia sido cotado pela CBF no início de 2023, mas a negociação não avançou. Agora, com a possível saída do italiano do clube merengue e o futuro indefinido da Seleção — que vive fase de interinidade com pós Dorival Júnior —, o nome dele volta com força ao debate público.
Interesse do público dispara
A repercussão não ficou só na imprensa. Levantamento da Sala Digital, feito entre os dias 1º e 5 de maio, mostra que o Brasil vive uma fase de expectativa em relação ao comando da equipe. Entre os técnicos mais buscados no período, Ancelotti aparece no topo, superando nomes como José Mourinho e Jorge Jesus — outros estrangeiros constantemente especulados.
Brasil já teve técnico estrangeiro?
Apesar de parecer novidade para muita gente, a Seleção Brasileira já teve técnicos estrangeiros no passado. Isto é, três nomes de fora já comandaram o time: Ramon Platero (uruguaio, em 1925), Jules Rimet (francês, em 1931) e Filpo Núñez (argentino, em 1965, em uma partida amistosa). Ou seja, Ancelotti não seria o primeiro estrangeiro a vestir o agasalho da Seleção — mas poderia ser o primeiro em tempos modernos e sob a gestão da CBF como a conhecemos hoje.
Debate sobre técnico estrangeiro divide torcedores
Os dados do Trends também revelam um debate polarizado. A pergunta "A Seleção pode ter técnico estrangeiro?" aparece entre as mais feitas no Google sobre o tema. Você já sabe que sim. Agora, é fato que confirmando a vinda de Ancelotti ou não, o assunto extrapola o nome do italiano e toca em um ponto sensível do imaginário futebolístico nacional.
As buscas por “técnicos europeus livres no mercado” superam, com folga, os termos relacionados a treinadores brasileiros ou estrangeiros. Mesmo o primeiro lugar do ranking também ocupando o terceiro, o destaque para o “europeu” aponta uma possível tendência (ou preferência) que vai além da nacionalidade.
A ideia de que um técnico europeu seria mais qualificado, mais tático ou mais preparado pode estar influenciando a percepção do torcedor. E isso casa com o movimento recente no futebol brasileiro, que tem aberto cada vez mais espaço para nomes de fora.