Os jogos contra Uruguai e Colômbia, fora de casa, que encerram a primeira fase das eliminatórias da Copa do Mundo de basquete masculino, são o começo de uma sequência de compromissos que a seleção brasileira terá pela frente até o fim do ano, decisivos para o calendário de 2023. O time de Gustavo de Conti pode encerrar a temporada classificado - ou com a vaga encaminhada - ao Mundial, que será realizado em Japão, Filipinas e Indonésia, além de assegurado nos Jogos Pan-Americanos de Santiago (Chile).
O duelo contra os uruguaios será nesta quinta-feira (30), às 20h10 (horário de Brasília), em Montevidéu. No domingo (3), às 21h40, os adversários serão os colombianos, em Barranquilla. Com vitórias nos quatro jogos anteriores e oito pontos (dois por triunfo), o Brasil lidera o Grupo B, já está garantido na segunda fase, mas sabendo que vencer os dois compromissos é fundamental a longo prazo, pois as seleções carregam a pontuação da primeira fase para a seguinte.
Os três melhores times da chave passam de fase. O Uruguai também está garantido, enquanto Chile e Colômbia brigam pela terceira vaga. Na próxima etapa, essas seleções (que não voltarão a se enfrentar) estarão no grupo de México, Porto Rico e Estados Unidos, contra quem atuarão em jogos de ida e volta. Quatro rodadas serão disputadas entre agosto e novembro e duas finais em fevereiro do ano que vem.
Neste momento, o Brasil iniciaria a segunda fase com a melhor campanha da nova chave. Um segundo grupo reunirá mais seis seleções (Venezuela, Argentina, Canadá e República Dominicana estão assegurados até agora). Os três primeiros de cada, mais o melhor quarto colocado, classificam-se para o Mundial.
"É importantíssimo sairmos com as duas vitórias, contra Uruguai e Colômbia, para mantermos essa vantagem e chegarmos com confiança e moral [na próxima fase]", destacou o pivô Lucas Mariano.
"Na próxima fase, enfrentaremos rivais muito difíceis. Estamos com alguns desfalques [como o armador Yago, que defenderá a seleção sub-23 em um torneio no Canadá] para esses jogos fora de casa. O Uruguai, por exemplo, veio com força máxima, com jogadores que atuam na Europa, mas nossa equipe está muito boa, competitiva, para tentarmos ganhar esses dois jogos", completou o armador Marcelinho Huertas, o mais experiente dos 14 atletas convocados por Gustavo de Conti, que se prepararam, durante a última semana, no ginásio Antônio Prado Júnior, do Paulistano, em São Paulo.
Em meio às rodadas da segunda etapa das eliminatórias, o Brasil será anfitrião da edição 2022 da AmeriCup. A Copa América da modalidade será disputada entre 2 a 11 de setembro, em Recife e Brasília, com 12 equipes separadas em três chaves. Os brasileiros dividem o Grupo A com Uruguai, Colômbia e Canadá. Os dois primeiros colocados, além dos dois melhores terceiros, passam às quartas de final. As sete melhores seleções garantem lugar no Pan.
O Brasil vem de três campanhas abaixo na competição, da qual é tetracampeão e não conquista desde 2009. O décimo lugar na última edição, em 2017, com um grupo reformulado em relação ao da Olimpíada do Rio de Janeiro, um ano antes, custou o lugar no Pan de Lima, em 2019. Foi a primeira vez na história que a seleção ficou fora do torneio.
As convocações dos demais jogos das eliminatórias e da AmeriCup podem não ser as mesmas, mas a expectativa é que boa parte dos nomes se repitam. Casos do trio campeão do último Novo Basquete Brasil (NBB) pelo Sesi Franca, formado por Lucas Mariano, pelo ala-pivô Lucas Dias e pelo armador Georginho. Se isso acontecer, eles praticamente não terão férias até o começo da próxima temporada da liga nacional, em outubro.
"Tenho falado isso com o Lucas e o George: a gente escolheu estar aqui [com a seleção]. A gente quer representar bem nosso país. É uma honra e queremos dar valor a isso. Depois a gente terá um tempinho [de folga] aí, mas o foco, agora, é esse, na felicidade e prazer de vestir essa camisa", concluiu Mariano.