O Palmeiras se manifestou oficialmente nesta segunda-feira (6) sobre a arbitragem do clássico contra o São Paulo, vencido pelo Verdão por 3 a 2, no Morumbi, pela 27ª rodada do Campeonato Brasileiro. A equipe alviverde criticou a “pressão descomunal" de alguns clubes sobre o futebol brasileiro “com o intuito de instaurar o caos” e também se viu prejudicado por lances no Choque-Rei contra o Tricolor Paulista.
“A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras e criando narrativas que tentam macular o competente trabalho realizado pela nossa instituição”, inicia a nota.
também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião - Nota oficial do Palmeiras
Arbitragem polêmica inflama São Paulo
O São Paulo se indignou com a arbitragem de Ramon Abbati Abel e do VAR Ilbert Estevam da Silva na derrota para o Palmeiras. O presidente Julio Casares, os executivos Rui Costa e Carlos Belmonte e o técnico Hernán Crespo detonaram os árbitros após a partida. Homem forte do futebol do Flamengo, José Boto também fez duras críticas à arbitragem brasileira após o revés diante do Bahia.
“O que acontece em outros campos deixa suspeitas do que se passa por trás. O árbitro, que nos prejudicou na quinta-feira passada, teve como prêmio ir apitar o jogo do nosso rival. E fez o que fez. Alguém tem que vir falar da CBF, tem que vir falar sobre isso”, afirmou o cartola rubro-negro.
Confira a nota completa do Palmeiras
"A Sociedade Esportiva Palmeiras vê com preocupação a pressão descomunal que alguns clubes têm exercido publicamente, e também nos bastidores do futebol brasileiro, com o intuito de instaurar o caos, beneficiando-se dele para coagir entidades e indivíduos em busca de vantagens futuras e criando narrativas que tentam macular o competente trabalho realizado pela nossa instituição.
É demasiado cômodo creditar a uma decisão do árbitro – e somente a ela – uma virada épica, conquistada com o gosto do suor e três gols anotados em um intervalo de 19 minutos. Até porque também houve marcações da arbitragem desfavoráveis ao Palmeiras, como as não expulsões do meio-campista Bobadilla e do zagueiro Alan Franco, que desferiu uma cotovelada no rosto do atacante Ramón Sosa em um lance sonegado pelo VAR – e ignorado pelos hipócritas da ocasião.
Cabe salientar que, mesmo quando se sente prejudicada, a diretoria do Palmeiras raramente se manifesta em público sobre o tema arbitragem, pois respeita os fóruns de discussão adequados e, acima de tudo, não terceiriza sua responsabilidade nos momentos adversos. Essa postura, por sinal, ajuda a explicar o sucesso que temos obtido ao longo dos últimos anos: olhamos sempre para nós mesmos e trabalhamos sem buscar subterfúgios nem construir desculpas para as nossas derrotas.
O Palmeiras, como se sabe, é amplamente favorável à profissionalização dos árbitros e defende mais investimentos em tecnologia e na formação da categoria, entre outras melhorias. O nosso compromisso com o desenvolvimento do futebol brasileiro está acima de qualquer interesse individual. Por essa razão, aliás, o Palmeiras, entre os candidatos ao título da Série A, será o único clube a atuar durante a atual Data Fifa, mesmo com a equipe extremamente desfalcada em razão de atletas convocados para suas seleções.
Compreendemos que o crescimento coletivo da nossa indústria exige renúncias, espírito de colaboração e o fim do egoísmo que, lamentavelmente, ainda norteia a conduta de dirigentes que ora apelam à gritaria, ora recorrem a acusações sem provas para justificar resultados negativos. Neste sentido, esperamos que o Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) seja enérgico com aqueles que, de forma irresponsável, lançam suspeitas indevidas sobre pessoas e instituições."