Pela terceira vez no dia, o presidente Jair Bolsonaro falou de forma negativa sobre a Argentina e disse que o país vizinho "vai ter dificuldade" durante o mandato do presidente Alberto Fernández. Apesar disso, Bolsonaro disse que quer o bem dos argentinos e que "espera que o país dê certo".
Bolsonaro também afirmou que aliados da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) chegaram ao poder na Argentina e que, "com a volta dessas pessoas à política, (o país) vai ter dificuldade". Ele fez referência à vice-presidente argentina, Cristina Kirschner. A fala ocorreu durante transmissão ao vivo em redes sociais que acontece todas as quintas-feiras.
Pouco antes, em cerimônia no Palácio do Planalto, Bolsonaro declarou que "nós não podemos deixar o Brasil chegar na situação que a Argentina está".
Ele disse, ainda, que o Chile caminha para direção semelhante a dos argentinos. "Um grande e próspero país como o Chile está caminhando para o caos e socialismo", criticou o presidente brasileiro. Piñera passou por dois meses de protestos contra o seu governo no final do ano passado e, no início de dezembro, sua popularidade chegou a 10%.
Em outra transmissão ao vivo em redes sociais, à tarde, Bolsonaro disse que a Argentina tornou-se um "refúgio desse tipo de gente, socialista, que não quer o futuro do seu país, que quer que se 'exploda' seu povo, que usa seu povo como massa de manobra para atingir seu objetivo que é o poder absoluto". O presidente se referia à acolhida oferecida pelos argentinos para o ex-presidente da Bolívia Evo Morales.