O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, informou neste domingo, por meio de sua conta no Twitter, que além de rastrear os viajantes "antes do embarque" de determinados países de alto risco para coronavírus - ou áreas dentro desses países -, "eles também serão rastreados quando chegarem aos Estados Unidos".
Ontem, o governo dos Estados Unidos anunciou novas restrições de viagens do Irã, devido ao aumento de casos de coronavírus no país persa, e aconselhou os cidadãos americanos a não viajarem a regiões da Itália e da Coreia do Sul que são mais afetadas pelo surto.
Segundo o vice-presidente americano, Mike Pence, a restrição de viagem do Irã vale para estrangeiros que estiveram no país nos últimos 14 dias. "Estaremos trabalhando com a Coreia do Sul e a Itália para coordenar triagem de viajantes desses países que vêm para os EUA", disse Pence, em coletiva de imprensa na Casa Branca ao lado de Trump.
Neste sábado, os Estados Unidos confirmaram a primeira morte por coronavírus. Trump disse, logo depois, que "não há razão para pânico", mas que novos casos da doença devem aparecer no país. "Temos atualmente 22 pessoas nos EUA com coronavírus", acrescentou o republicano, em coletiva de imprensa na Casa Branca.
"Estamos preparados para quaisquer circunstâncias", disse Trump, ao lado da força-tarefa do governo americano criada para combater o surto e liderada por Pence. O presidente americano declarou, ainda, que se reunirá com empresas do setor farmacêutico nesta segunda-feira, 2 de março, para discutir a fabricação de uma vacina contra o coronavírus.
O secretário de Saúde americano, Alex Azar, afirmou que o governo espera novos casos de coronavírus nos EUA, mas que "está tudo dentro do previsto". De acordo com ele, o risco do surto para os americanos continua baixo, "mas isso pode mudar rapidamente".
O diretor dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC, na sigla em inglês), Anthony Fauci, por sua vez, disse que "não devemos nos surpreender com a aparição de novos casos" e que "temos que nos preparar para os novos desafios que virão", relacionados ao coronavírus. Segundo ele, quem contrair o vírus, provavelmente não será infectado uma segunda vez.