O Partido dos Trabalhadores (PT) apoiou a decisão do presidente da Bolívia, Evo Morales, de convocar novas eleições no País. "Apoiamos a decisão do Presidente Evo de convocar novas eleições no intuito de pacificar o país e dirimir qualquer dúvida quanto à vontade popular na escolha de suas autoridades", disse a Executiva Nacional, em nota divulgada neste domingo, 10. "Desejamos que o diálogo, a paz e o respeito à Constituição do Estado Plurinacional da Bolívia prevaleçam", acrescenta o comunicado titulado como "Nota do PT em solidariedade e defesa da democracia na Bolívia".
Na nota, o partido afirma que acompanha com "preocupação" as manifestações do país. "E a tentativa das forças de direita de afastar, por meios violentos, o Presidente, Evo Morales Ayma, de sua posição de chefe de governo legitimamente eleito e cujo mandato constitucional segue em vigência", continuou.
O PT também comentou, no documento, que o resultado do primeiro turno foi questionado pela oposição, auditado pela Organização dos Estados Americanos (OEA), mas alvo de pedido de renúncia pela oposição. "Aliás, atualmente este movimento sequer é dirigido pelo segundo colocado e sim por forças da extrema direita que, a exemplo de outras situações na América Latina, almejam promover um golpe de Estado na Bolívia", cita a nota.
O Partido escreveu também que o não reconhecimento do resultado eleitoral, independentemente de haver auditoria ou não, é uma "tentativa da direita de assaltar o poder para retornar o neoliberalismo" na Bolívia. "Repudiamos com veemência a atitude antidemocrática e violenta da direita, a ingerência externa e a omissão de parcelas das forças policiais em proteger as autoridades e o patrimônio público e cumprir seu papel para assegurar sua integridade física, bem como a das organizações sociais e da população que reivindica o respeito à normalidade democrática", observou a nota do PT.
Por fim, o partido declarou apoio à decisão de Evo Morales de convocar novo pleito eleitoral. "Não aos golpes de Estado! Pela soberania do povo boliviano!", concluiu a Comissão Executiva Nacional do PT.