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Governo da Rússia intimida cinemas após exibição de filme censurado sobre Stalin

26 jan 2018 às 07:58

O Ministério da Cultura da Rússia anunciou na quinta-feira que os cinemas do país que continuarem a mostrar o filme "The Death of Stalin", uma sátira sobre a morte do antigo líder comunista, enfrentarão a Justiça. O posicionamento vem depois que a mídia local informou que uma sala de Moscou havia realizado uma sessão do longa britânico, apesar de, na terça, a pasta governamentel ter proibido sua exibição. A medida foi tomada depois que autoridades e figuras das artes o chamaram de ofensivo e "extremista".

Em um comunicado, o Ministério informou que "lembra" os cinemas que, de acordo com a lei do estado russo sobre cinematografia, que mostram um filme sem permissão "implica responsabilidade de acordo com a lei". A obra, dirigida pelo britânico Armando Iannucci, teve uma estreia mundial em setembro e analisa ironicamente a disputa de poder após a morte de Stalin em 1953. O elenco inclui atores que interpretam figuras históricas como o comandante Georgy Zhukov, figura importante durante a Segunda Guerra Mundial.

Na segunda-feira, o ministro da Cultura, Vladimir Medinsky, realizou uma sessão privada para funcionários e diretores de cinema, que votaram pela proibição logo após. A deputada Yelena Drapeko, por exemplo, disse que "nunca tinha visto nada tão enojante em sua vida". Apesar disso, "The Death of Stalin" teve uma sessão limitada nesta quinta, depois que os distribuidores locais Volga Film obtiveram uma liberação, o que provocou uma onda de protestos de figuras conservadoras.

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