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Harry ganhará mesada do pai por um ano

21 jan 2020 às 08:55

O príncipe Charles concordou em dar uma mesada para seu filho caçula, Harry, durante um ano, mas advertiu que a fonte do dinheiro "não é inesgotável", segundo o jornal britânico Daily Mail. O dinheiro que Charles dará a Harry e a mulher dele, Meghan, virá de sua fortuna pessoal, não dos impostos que recebe como duque da Cornualha.

No sábado, o Palácio de Buckingham informou que o casal não poderá usar mais o título de "alteza real" e não receberá mais fundos públicos, que correspondem a 5% dos gastos - os 95% restantes são pagos pelo príncipe Charles.

A rainha Elizabeth e o príncipe Charles também pensaram em retirar o título duque e duquesa de Sussex de Harry e Meghan, mas decidiram não fazer isso, pois poderia ser considerado "mesquinho". O casal registrou no ano passado o título Sussex Royal como uma marca comercial, com a qual podem vender uma infinidade de itens.

A rainha também quis que o casal mantivesse sua casa nas imediações do Castelo de Windsor, com medo de que Harry, Meghan e o bisneto Archie deixassem definitivamente o Reino Unido. Mas eles terão de pagar pela reforma de Frogmore Cottage, que custou 2,4 milhões de libras (cerca de R$ 13 milhões).

Quando Harry e Meghan anunciaram que estavam abandonando as funções do primeiro escalão da família real para buscar a "independência financeira", também anunciaram a intenção de dividir seu tempo entre o Reino Unido e a América do Norte.

Segundo o Telegraph, Harry partiu na Segunda-feira (20) à noite para o Canadá, onde Meghan e Archie o esperavam. O tabloide The Sun publicou recentemente que o casal estaria interessado em comprar uma mansão em Vancouver estimada em 35,8 milhões de libras (R$ 194 milhões). A mansão tem seis dormitórios, cinco banheiros e janelas panorâmicas com vista para o mar.

A maior parte dos canadenses não quer que o governo local banque as despesas de segurança de Harry e Meghan, caso eles decidam viver no país, segundo uma pesquisa divulgada na sexta-feira. Elizabeth II é oficialmente chefe de Estado do Canadá, um posto meramente decorativo. Apesar dos laços com o Canadá, a pesquisa destaca que 66% dos canadenses consideram que a monarquia britânica está perdendo ou perdeu a relevância.

Para alcançar o objetivo de ter uma "independência financeira fontes ligadas ao casal dizem que Harry e Meghan estão interessados em criar uma produtora de filmes e a Netflix já teria manifestado o interesse em trabalhar com eles.

O casal começou a trabalhar em seu novo site em setembro e registraram o logotipo do Sussex Royal para uso em centenas de itens, desde meias até serviços de aconselhamento, em dezembro. Vários especialistas em branding declararam que Harry e Meghan têm "uma marca já pronta" que pode faturar até 500 milhões de libras (cerca de R$ 2,6 bilhões) apenas no primeiro ano.

O príncipe Harry participou nesta segunda de um encontro de líderes de 21 países africanos em Londres, patrocinado pelo primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, um dia após dizer que ficou "muito triste" em ter de abandonar as funções reais. No domingo, Harry disse que não havia mais opções para ele e sua mulher a não ser abdicar dos títulos de realeza, após um acordo com sua avó, a rainha Elizabeth, no Sábado.

O príncipe Charles também disse que está triste com o que aconteceu, mas acredita que seu filho será mais feliz no exterior. Segundo o herdeiro do trono britânico, ver seu filho e o neto Archie com menos frequência é um preço que ele terá de pagar.

Quando o casal anunciou sua decisão, Harry disse que esperava continuar servindo à rainha. No entanto, pelo acordo acertado no sábado, isso não será possível. O entendimento entre os monarcas entrará em vigor a partir da primavera (fim de março, no Hemisfério Sul). Nesse meio tempo, Harry continuará cumprindo com seus deveres oficiais.

Em reação à saída do casal, os lojistas no Reino Unido estão fazendo descontos nos produtos com a imagem de Harry e Meghan. Segundo um vendedor, os suvenires do casal como membros de alto escalão da monarquia já não serão mais fabricados e as lojas tentam acabar com seus estoques. (Com agências internacionais).

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.