Uma cena chocante registrada por uma câmera de segurança revoltou moradores da Vila Tânia Mara, em Ponta Grossa, nos Campos Gerais. Na manhã da última sexta-feira (9), uma cachorra da raça sem definição, chamada Ágata, foi atropelada por um caminhão da empresa Ponta Grossa Ambiental (PGA), responsável pela coleta de lixo da cidade. Em seguida, sem verificar se o animal estava vivo, um dos coletores lançou o corpo da cadela no triturador do caminhão.
A tutora do animal, Ana Júlia Rodrigues de Moraes, contou que a família notou o desaparecimento de Ágata no início da manhã. As imagens que a família teve acesso mostram o caminhão avançando sobre o animal e, segundos depois, o coletor arremessando o corpo da cadela no triturador do veículo. A tutora afirma que os funcionários agiram com total descaso e não prestaram qualquer socorro.
A família informou que irá mover uma ação judicial contra a Ponta Grossa Ambiental e contra a Prefeitura de Ponta Grossa por maus-tratos e crueldade animal. A advogada Isabella Godoy Danesi, que representa a família, classificou o caso como estarrecedor.
Em nota, a Prefeitura de Ponta Grossa lamentou o ocorrido e informou que cobrará providências da empresa PGA. Já a Ponta Grossa Ambiental confirmou o atropelamento e afirmou que tomou conhecimento do fato após ser procurada pela tutora. A empresa iniciou uma apuração interna, afastou os dois funcionários envolvidos (motorista e coletor) e afirmou que reforçará os procedimentos operacionais com os demais colaboradores. A PGA também recomendou que os tutores mantenham seus animais em locais seguros durante os horários de coleta.
O caso gerou forte comoção nas redes sociais e será investigado pelas autoridades. A cachorra Ágata era considerada um membro da família por seus tutores.