O Paraná reduziu em 6,6 pontos percentuais o número de pessoas em situação de pobreza nos últimos cinco anos. Segundo a Síntese de Indicadores Sociais, análise divulgada nesta quarta-feira (3) pelo IBGE, a proporção de pessoas que viviam com menos de US$ 6,85 por dia passou de 20,3% da população, em 2019, para 13,7% em 2024 no Estado.
O levantamento do IBGE considera os parâmetros propostos pelo Banco Mundial para a classificação da situação de pobreza, que inclui pessoas com rendimento domiciliar per capita inferior a US$ 6,85 de Paridade do Poder de Compra (PPC), taxa que, quando convertida em reais, varia a cada ano e entre as regiões analisadas. No Paraná, esse valor correspondia a R$ 518 por mês em 2019 e passou para R$ 697 por mês em 2024.
Com essa redução, o Paraná chegou em 2024 como o quarto estado com a menor taxa de pobreza do País, atrás de Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso. Curitiba é a capital com a segunda menor proporção, com 6,6% da população vivendo nessa situação, sendo superada apenas por Florianópolis (3,5%). A taxa média do Brasil foi de 23,1%, quase 10 pontos percentuais acima do Paraná.
Houve diminuição nas três faixas de renda analisadas pelo IBGE no Estado. Em 2019, 6% dos paranaenses sobreviviam com menos de US$ 3,65 por dia (R$ 276 por mês naquele ano e R$ 372 no ano passado), proporção que passou para 4,2% em 2024, uma redução de 1,8 ponto percentual.
Também nesse recorte, o Paraná tem o quarto menor índice nacional, atrás de Santa Catarina (2,4%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Mato Grosso (3,3%), com Curitiba seguindo com o segundo menor índice entre as capitais, de 1,6%, abaixo de Florianópolis (1,2%). No Brasil, a média foi de 8,6%.
Também foi registrada redução de 1,1 ponto percentual no número de pessoas em extrema pobreza, que são aquelas que sobrevivem com menos de US$ 2,15 por dia (R$ 163 por mês em 2019 e R$ 219 por mês em 2024). A taxa passou de 2,9%, em 2019, para 1,8% no ano passado. No Brasil, 3,5% da população vivia em situação de extrema pobreza.
POLÍTICAS PÚBLICAS – O Governo do Estado mantém uma série de políticas públicas de assistência social, como o Cartão Comida Boa, apoio financeiro às prefeituras, investimentos em habitação popular e programas de distribuição de alimentos (Compra Direta, Leite das Crianças, Banco de Alimentos Comida Boa, entre outros).
Além disso, o bom desempenho da economia e o dinamismo do mercado de trabalho também contribuem para reduzir a pobreza. A taxa de desemprego é a menor para um terceiro trimestre em toda a história. “O aumento da renda proveniente do trabalho é o caminho mais efetivo para a superação da pobreza”, afirma Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes.
Um exemplo de política pública em execução é o programa Banheiro em Casa, que vai construir banheiros modulares em residências sem instalações sanitárias adequadas. Na semana passada, o governador Ratinho Junior entregou as primeiras unidades em Ivaiporã, no Vale do Ivaí. Ao todo, serão instalados 3.400 banheiros, com investimento de R$ 68 milhões.
O governador também anunciou, no mês passado, o investimento de R$ 533 milhões para a construção de moradias populares em municípios com até 25 mil habitantes, sem custos para os moradores. Além disso, iniciativas como Água Solidária e Luz Solidária subsidiam tarifas de água e luz para essa população.