O Governo do Paraná anunciou a prorrogação, por mais 180 dias, do decreto de emergência zoossanitária para influenza aviária H5N1. Esta é a terceira extensão da medida, inicialmente assinada em 23 de julho de 2023, que mantém elevado o nível de vigilância para prevenir a entrada e disseminação do vírus no estado.
A influenza aviária, uma doença de alcance global com ciclos pandêmicos recorrentes, apresenta riscos significativos ao comércio internacional de produtos avícolas. Desde a detecção do vírus no Brasil em 15 de maio de 2023, em aves silvestres, não houve casos em aves comerciais, o que evitou prejuízos econômicos, mas reforçou a necessidade de precaução.
O alerta foi intensificado pelo registro de casos em países próximos, como Chile e Colômbia, além da morte de uma pessoa infectada por uma mutação do vírus nos Estados Unidos, em dezembro de 2024. O inverno no Hemisfério Norte também eleva o risco, já que aves migratórias podem trazer o vírus para o Hemisfério Sul.
A avicultura paranaense, líder nacional em produção e exportação de carne de frango, é crucial para o estado. Em 2023, o setor alcançou um Valor Bruto de Produção (VBP) de R$ 38,8 bilhões, representando 19,61% do total de R$ 198 bilhões do agronegócio estadual. O Paraná exportou mais de 2,17 milhões de toneladas de carne de frango, com significativa contribuição da região Oeste.
A prorrogação do decreto é uma medida estratégica para proteger a avicultura paranaense, setor que sustenta milhares de empregos e posiciona o estado como referência no mercado global.