A Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (Sesa) emitiu um alerta sobre o aumento de acidentes com animais peçonhentos até março, período que combina calor, umidade e maior fluxo de turistas. O risco é elevado pelo ciclo de reprodução desses animais, sendo que o primeiro trimestre de 2025 já registrou quase 3 mil ocorrências. Para garantir a segurança, a Sesa capacitou 700 profissionais de saúde ao longo do ano para o manejo clínico adequado desses casos.
Os registros mais frequentes envolvem cobras, aranhas, escorpiões, abelhas e lagartas em ambientes terrestres. No litoral, a atenção deve ser voltada para águas-vivas e caravelas, enquanto banhistas das regiões Oeste e Noroeste devem se prevenir contra arraias e bagres, cujos ferrões podem causar necrose e infecções. O secretário de Estado da Saúde, Beto Preto, destacou que a manutenção do Centro de Informação e Assistência Toxicológica (CIATox) e o treinamento das equipes são fundamentais para garantir a sobrevida das vítimas em casos graves.
Em caso de acidente, a recomendação principal é buscar atendimento médico imediato. É importante lavar o local com água e sabão (exceto em queimaduras por águas-vivas, onde se deve usar vinagre), retirar acessórios que possam comprimir o membro afetado e manter a região elevada. Identificar o animal, por meio de foto ou captura segura, auxilia no diagnóstico e na aplicação da soroterapia correta. Campanhas preventivas foram intensificadas, especialmente em Curitiba e no Norte Pioneiro, com foco no combate ao escorpião amarelo.
Para prevenir incidentes, a população deve adotar hábitos simples, como inspecionar roupas e calçados antes do uso, afastar camas das paredes e evitar o acúmulo de entulhos e lixo orgânico. O uso de equipamentos de proteção em trilhas e limpezas, além de evitar colocar as mãos em buracos ou tocas, são medidas essenciais. Em situações de dúvida, os paranaenses podem entrar em contato com as unidades do CIATox em Londrina (43 3371-2244), Maringá, Cascavel ou pelo número estadual 08000 410148.