Após a Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel (Sesau) emitir nota oficial afirmando que as Unidades de Pronto Atendimento (UPAS), serviço de referência para atendimentos dos casos de urgência, encontram-se no seu limite e que faltam até macas para manter e transportar pacientes, o presidente da Câmara, vereador Gugu Bueno (PR), convocou os responsáveis pela saúde para uma reunião amanhã, terça-feira (20), às 9h, na Câmara.
Gugu Bueno pediu a presença do secretário e diretores municipais de saúde, dos responsáveis pelo Hospital Universitário (HU) e 10º Regional de Saúde, Ministério Público, diretores de hospitais privados, Consamu, vereadores e imprensa para buscar soluções concretas para a situação que está colocando dezenas de vidas em risco.
“Precisamos entender essa nota do secretário de saúde Rubens Griep como um pedido de socorro e entender que se chegou a um ponto inaceitável do sistema público de saúde em Cascavel”, afirmou o presidente. Para ele, a nota emitida pela secretaria e a divulgação diária de pacientes aguardando por leitos nas UPAS deixa claro que o município está fazendo tudo que pode e não pode para dar conta das emergências e que a capacidade técnica, humana e financeira do município está no seu limite.
De acordo com a Secretaria Municipal de Saúde de Cascavel “não há mais macas disponíveis em nenhuma das UPAS. As unidades possuem, cada uma, um total de 20 vagas para leitos de observação, onde os pacientes devem permanecer para estabilização e três leitos de suporte para os pacientes de maior gravidade”. Na UPA Brasília, 35 pacientes estão em observação e, destes, 18 aguardam leito hospitalar, sendo três em leitos de suporte. Na UPA Tancredo, 23 em observação, dos quais nove aguardando leito hospitalar. Na UPA Veneza: 4 pacientes no suporte; 37 pacientes em observação, sendo que 22 estão aguardando leito hospitalar via central de leitos e 13 via fluxo de ortopedia.
O secretário Rubens Griep relata ainda que “as equipes de plantão estão comprometidas em receber, acompanhar e tratar os pacientes da melhor forma possível, mesmo diante das dificuldades e sobrecarga de toda a estrutura. Informamos também que as ambulâncias do SAMU e SIATE estão ficando retidas, pois não há outro lugar para acomodar os pacientes além da maca de origem” e que, “a despeito dos esforços das equipes em agilizar transferência de pacientes, como já é de conhecimento de todos, a transferência para leitos hospitalares é de responsabilidade do Estado do Paraná”.
Como estratégia para enfrentamento da situação, solicitamos à Secretaria de Estado da Saúde do Paraná (SESA) que providencie a imediata abertura da enfermaria G2, com 30 leitos, já discutido e pactuado como estratégia durante a reforma do Pronto Socorro do HUOP e/ou o pagamento de leito administrativo (rede privada) via Estado para os pacientes que aguardam vaga hospitalar nas UPAS, possibilitando o restabelecimento das atividades.
Assessoria
Reportagem Rogério Antunes - TV Tarobá