A Justiça condenou o técnico de enfermagem Wesley Ferreira, de 25 anos, a 44 anos e três meses de prisão pelos crimes de estupro de vulnerável, gravação e divulgação de imagens íntimas sem autorização e por transmitir propositalmente doença grave.
A decisão foi proferida dez meses após a prisão do réu, ocorrida em outubro de 2024, quando o companheiro encontrou vídeos e fotos no celular dele. As imagens mostravam abusos cometidos contra pacientes sedados em uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Curitiba.
Crimes descobertos pela Polícia Civil
Durante as investigações, conduzidas pela Polícia Civil do Paraná, Wesley confessou os crimes. Ele admitiu que abusava de pacientes sob efeito de sedação e registrava os atos em vídeos e fotos “por vontade própria”.
O técnico de enfermagem também declarou ter ciência de que era portador do vírus HIV desde 2019, assumindo o risco de transmitir a doença às vítimas.
Indenização às vítimas
Além da pena de prisão, a sentença prevê sete meses adicionais de detenção pelas gravações ilegais e o pagamento de indenização de cerca de R$ 76 mil a cada uma das seis vítimas identificadas.
Atuação profissional
Wesley Ferreira trabalhava na UPA da Cidade Industrial de Curitiba (CIC) e também em dois hospitais particulares da capital. O caso causou forte repercussão no setor da saúde e mobilizou autoridades médicas e de segurança pública.