Dois homens de Apucarana, que já estão presos e foram condenados a mais de 20 anos de prisão, são julgados novamente durante a manhã desta terça-feira (29) pelo segundo homicídio registrado em 2017. Na ocasião, duas pessoas foram mortas, esquartejadas e jogadas em um poço abandonado no Parque Bela Vista.
Os réus, César Henrique dos Santos Ferrari Rogério de Souza Bernardino, já foram julgados pelo assassinato da jovem Arislian Glenda Lemos, de 24 anos e agora, no tribunal do júri desta terça-feira, vão ser julgados pelo segundo homicídio, de Valdecir Amarildo Gonçalves, 52 anos.
No primeiro julgamento, ocorrido no dia 10 de março passado, em sessão que começou pela manhã e só terminou por volta de 22 horas, o tribunal do júri decidiu pela condenação dos dois réus.
César Henrique dos Santos Ferrari foi condenado a 20 anos e 9 meses de reclusão, somadas as penas de homicídio e ocultação de cadáver, ou seja, 19 anos e 3 meses pelo homicídio, e 1 ano e 6 meses pela ocultação de cadáver. Já Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos, recebeu a pena de 23 anos e 9 meses pelos mesmos crimes, sendo que 22 anos pelo homicídio e 1 ano e 9 meses pela ocultação de cadáver.
Entenda o caso
O duplo homicídio ocorreu em 2017, com grande repercussão, por conta da violência. As vítimas foram decapitadas, os corpos foram esquartejados e os restos jogados num poço abandonado, no Parque Bela Vista, em Apucarana.
No dia 3 de agosto de 2017, a partir de denúncias anônimas, a polícia encontrou os dois corpos dentro de um poço. Investigações iniciais permitiram a identificação dos corpos como sendo de Arislian Glenda Lemos, 24 anos, e Valdecir Amarildo Gonçalves, de 52 anos, que seriam usuários de drogas.
O delegado chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP) à época, José Aparecido Jacovós, contou na ocasião que as denúncias anônimas davam conta de que pessoas iriam desenterrar corpos em um cafezal, nos fundos de uma chácara no Parque Bela Vista. E os restos seriam queimados em meio a pneus. Os corpos encontrados estavam em adiantado estado de decomposição, uma vez que os crimes foram cometidos em maio.
A polícia conseguiu identificar o rapaz, que seria traficante na região Norte da cidade, como sendo responsável pelos crimes. César Henrique foi preso no dia 31 de agosto de 2017, em Sarandi.
Durante as investigações, a Polícia Civil identificou outro acusado de envolvimento no caso, Rogério de Souza Bernardino, de 30 anos, que teve o mandado de prisão preventiva cumprido em Mandaguari, onde estava escondido na casa da irmã dele.
Na época, Rogério chegou a confessar que era usuário de drogas e que comprava entorpecentes na chácara onde os corpos foram encontrados. Conforme depoimento na época, por causa de uma dívida de R$ 80, teria sido obrigado a cavar uma cova entre os pés de café na chácara, como forma de quitar a pendência com o traficante.