Policial

Associação de PMs de Londrina critica proposta de reajuste do governo encaminhada à ALEP

29 mar 2022 às 13:56

A associação que representa os policiais militares de Londrina e região (AAPOMOL) criticou nesta terça-feira (29) a proposta de reajuste salarial encaminhada em regime de urgência pelo estado à Assembleia Legislativa

O projeto prevê aumentos que variam entre R$300 e R$1000 às forças de segurança do estado, o que inclui reajustes menores para os servidores que estão no topo da carreira.

O governador Ratinho Júnior deu detalhes do impacto financeiro da proposta. “Junto com a reestruturação da segurança, o impacto financeiro para o governo será de mais de R$600 milhões por ano, recurso que conseguimos com corte de mordomias, ajustes importantes e muito planejamento”, disse.

A proposta não agradou os trabalhadores. Entre as divergências está a alteração da tabela de restruturação da carreira dos policiais militares. Representantes da categoria alegam que a mudança trará perdas proporcionais quando houver as promoções. Outro ponto é a redução do quinquênio de 5% para 4%.

“Diminuiu a diferença de valor entre as graduações. Antes o policial quando era promovido recebia mais, hoje ele vai receber menos. O salário aumentou de forma geral, mas essa diferença entre as graduações diminuiu”, declarou Raul Babugia, presidente da AAPOMIL.

A discussão, que já é marcada por inúmeras manifestações nos últimos meses, está em uma corrida contra o tempo. O projeto precisa ser aprovado até o dia 4 de abril, porque após essa data, começa a contagem de 180 dias antes da eleição. Durante esse período, qualquer reajuste fica proibido.

Segundo a associação, se a aprovação não acontecer, a categoria pode parar. “Deixamos claro que a associação é apoiadora dos movimentos. Sempre nos pautamos pela legalidade, mas deixamos claro que esse tipo de situação é sempre uma possibilidade”, afirmou Babugia.

Durante essa semana, policiais prometem fazer pressão para aprovação do reajuste e devem promover manifestações em frente à Assembleia Legislativa do Paraná e em locais onde houver presença da comitiva do governador.

“Estamos conversando com outras lideranças, outros representantes, para verificar quais vão ser as próximas ações das manifestações, mas é bem provável que elas permanecem principalmente nos locais onde governador estiver”, declarou o presidente da AAPOMIL.

A Polícia Militar do estado possui, entre soldados, cabos e sargentos, aproximadamente 17 mil servidores.