Policial

Carro incendiado pode ser de jovem assassinado pelo Tribunal do Crime

10 jan 2023 às 20:27

Um carro foi encontrado queimado em um terreno aos fundos do Morro do Carrapato, na zona leste de Londrina. O veículo destruído pode ser de Cleiton Rafael Teodoro, de 23 anos, morto há alguns meses, suspeito de ter estuprado uma mulher na zona oeste do município.


O delegado João Reis, da Delegacia de Homicídios, participou da operação para encontrar o carro. Segundo ele, a suspeita é de que tenha sido uma ação do ‘Tribunal do Crime’.


"Policias civis fazem diligências em relação à morte do Cleitinho, que acabou sendo julgado por uma facção criminosa em razão de uma suspeita de estupro no Jardim Maracanã. Os policiais localizaram o veículo, que agora vai ser apreendido para ser periciado”, afirmou o delegado.


O carro vai passar por uma perícia para confirmar se pertencia ou não ao rapaz assassinado em 2022. De acordo com o delegado, também não foi confirmado se ele seria o responsável pelo estupro da mulher.


“Deixando bem claro que nessa questão do possível estupro, eu não estou aqui duvidando da palavra da vítima. Estou dizendo que ainda não foi concluído o inquérito, então não sei se houve o estupro ou não. O que estou apurando neste fato é o homicídio do Cleitinho que foi julgado por uma facção criminosa”, explicou o delegado.


Entenda o caso

O corpo de Cleiton foi encontrado em uma fazenda de Alvorada do Sul no dia 23 de novembro. Ele estava desaparecido desde o dia 14 de novembro, após uma denúncia realizada para a Polícia Civil de que o jovem teria sido assassinado por membros de uma facção criminosa após ter sido julgado pelo “Tribunal do Crime” por um suposto estupro.

 

O corpo foi encontrado por um agricultor que arava a terra quando percebeu o crânio e um dos braços à mostra. A Polícia Civil e o Corpo de Bombeiros se deslocaram até o local. Os socorristas precisaram cavar aproximadamente 40 cm para encontrarem o restante do corpo. O corpo foi encaminhado para o IML (Instituto Médico Legal) de Londrina, onde foi realizada a identificação.

 

Inicialmente, a denúncia informava que o corpo de Cleiton teria sido enterrado no Conjunto Flores do Campo, na zona norte de Londrina. A Polícia Civil realizou buscas pelo local e não encontrou.

 

Cleiton já era conhecido na área policial, com passagens por pelo menos três crimes. “Tem passagem por uso de drogas, desobediência e embriaguez ao volante”, disse o delegado João Reis.